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Sanguessugas

Conselho de Ética aprova proposta para agilizar processo de senadores

Relatores tentam derrubar decisão de Renan Calheiros que daria mais um mês aos três acusados de integrar a máfia dos sanguessugas

Atualizado em 23/8/2006, às 15h22

Para apressar o andamento dos processos contra os três senadores acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, o Conselho de Ética do Senado aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira, a proposta dos relatores de devolver à Mesa Diretora da Casa as denúncias contra os parlamentares. A idéia é que a Mesa do Senado encaminhe uma representação contra os três, e não uma denúncia, como fez o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Com isso, os processos devem ser abertos imediatamente.

Renan informou que vai ouvir a Mesa, num prazo de 24 horas, para decidir se deve atender o pedido do Conselho de Ética. Renan afirmou que vai entrar em contato por telefone com os demais membros da Mesa e pedir que respondam, por escrito, se entendem que devem devolver as investigações ao Conselho para abertura dos processos.

Na terça-feira, Renan encaminhou ao Conselho uma denúncia, e não uma representação, contra os senadores Ney Suassuna (PB), ex-líder do PMDB, Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT), o que, na prática, atrasa a abertura dos processos de cassação até depois das eleições .

Renan tentou justificar a alteração no rito de cassação alegando que tem que dar prazo para os acusados apresentarem suas defesas e que a Mesa do Senado não poderia ficar responsável por abrir os processos e colher as provas.

- Eu recebi um relatório parcial e precisava garantir o direito de defesa. Ou a Mesa iria fazer isso para, em conseqüência, representar ou mandaria para o Conselho de Ética fazer isso, que é o órgão que foi criado exatamente para fazê-lo - afirmou.

Já na Câmara dos Deputados, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), abriu nesta terça-feira os processos contra 67 parlamentares citados no relatório preliminar da CPI dos Sanguessugas. Os deputados suspeitos não têm mais a prerrogativa de renunciar para evitar o risco de cassação e da perda dos direitos políticos

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