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Sem nem sequer abrir investigação, o Conselho de Ética da Câmara Federal arquivou ontem, por 16 votos a 2, o pedido de cassação do deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP) por quebra de decoro parlamentar. O relator do caso, o paranaense Fernando Francischini (PSDB), pediu ao colegiado a abertura do processo, mas seus colegas decidiram que não havia motivos para investigar Valdemar.

O deputado do PR foi levado ao Conselho de Ética pelo PSol e pelo PPS. Os partidos reuniram denúncias veiculadas pela imprensa que apontam a participação de Valdemar em reuniões no Ministério dos Transportes nas quais se pedia a empresários o pagamento de propina para a liberação de recursos. Também havia sido apresentado um vídeo no qual Valdemar negocia a liberação de recursos do ministério para que o deputado Davi Alves Silva Júnior ingressasse no PR. A representação também trazia um trecho de entrevista de Valdemar na qual ele diz "querer" uma diretoria de um banco público para ajudar aliados a liberar verbas. E ele ainda era acusadode de fraudes na "Feira da Madrugada" em São Paulo.

Nada disso, porém, convenceu os colegas de Valdemar, que contou com o apoio da base da presidente Dilma Rousseff para se livrar da investigação.

Como Valdemar não corre mais risco de ser cassado, em tese também está afastada a hipótese de o processo do mensalão no governo Lula deixar o Supremo Tribunal Federal (STF) e voltar à primeira instância. Dos 36 réus do caso, apenas Valdemar e o também deputado João Paulo Cunha (PT-SP) têm foro privilegiado.

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