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Entre 1996 e 1999, contas correntes abertas em Londrina por suspostos laranjas do doleiro paranaense Alberto Youssef tiveram 657 depositantes, que deixaram juntos R$ 383.407.997,04 nos bancos Banestado, BCN e Bamerindus, entre outros. As informações constam do relatório da Receita Federal recebido pela 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba esta semana.

A Gazeta do Povo apurou que entre esses depositantes, pessoas físicas e jurídicas com domicílio em todo o país, aparecem o bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso no Uruguai em 2003 por lavagem de dinheiro. Os depósitos no nome dele somam R$ 1.614.750. Conhecido como "Comendador", Arcanjo é acusado de comandar o crime organizado em células distribuídas por cinco estados brasileiros, de sonegar R$ 842 milhões da Receita Federal e ainda de homicídio.

Outro que aparece na lista é Antônio Oliveira Claramunt, o "Toninho da Barcelona", doleiro preso pela Polícia Federal em agosto de 2004 durante a operação Farol da Colina, desencadeada pela CPI do Banestado para investigar a remessa ilegal de pelo menos US$ 100 bilhões pela agência da instituição em Nova Iorque. Ele é acusado de ser um dos responsáveis pela movimentação de cerca de US$ 196 milhões entre 1997 e 1999.

Alberto Youssef foi condenado em junho do ano passado a sete anos em regime semi-aberto e ao pagamento de uma multa equivalente a 9.568 salários mínimos, por crimes contra a ordem tributária e o sistema financeiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica.

Em fevereiro deste ano, depois de cumprir um sexto da pena, o doleiro foi liberado pela Justiça e hoje está em Londrina, onde mora com a família. O seu advogado, Antônio Augusto Figueiredo Basto, disse ontem à Gazeta do Povo que o seu cliente está cumprindo integralmente o que deve e que ele está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento.

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