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O setor público apresentou deficit primário de R$ 5,763 bilhões, em setembro, segundo relatório divulgado pelo Banco Central (BC). Essa foi a primeira vez no ano em que o resultado atingiu índices negativos. O mês ainda foi o pior setembro da série histórica, iniciada em dezembro de 2001. Na comparação, o mesmo período de 2008 teve superavit primário de R$ 6,618 bilhões.

O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas e é uma forma de reserva que o governo faz para honrar seus compromissos financeiros. Em setembro, o resultado negativo foi influenciado pelo deficit primário do governo central – formado pelo Tesou­­ro Nacional, BC e Previdência – que chegou a R$ 8,02 bilhões, o pior balanço desde 1991.

Sozinho, o Instituto Nacio­­nal do Seguro Social (INSS) teve resultado negativo de R$ 9,173 bilhões. Já os governos regionais (estaduais e municipais) tiveram superavit primário de R$ 1,722 bilhão e as empresas estatais, de R$ 535 milhões.

O pagamento de juros chegou a R$ 16,664 bilhões, o pior resultado para meses de setembro da série iniciada em dezembro de 2001. Em relação a agosto deste ano, houve elevação de R$ 3,5 bilhões. "Contribuiu para essa elevação o efeito da valorização cambial no mês sobre ativos internos atrelados ao dólar", informa o BC.

No acumulado de janeiro a setembro, no entanto, o resultado fiscal está positivo. O superavit primário chegou a R$ 37,714 bilhões, o que corresponde a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

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