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O advogado Normando Augusto, que representa os 13 controladores de vôo que estavam de plantão no dia do acidente com o Boeing 737-800 da Gol e o Legacy da empresa americana ExcelAire, disse nesta quarta-feira que é uma unanimidade entre os 13 controladores que estão sendo ouvidos pela Polícia Federal de que existe uma zona cega, uma área de difícil comunicação, na região do acidente, ao contrário do que diz a Aeronáutica desde o desastre.

Normando disse que os controladores não erraram e apontou duas hipóteses para o acidente: indução ao erro por problema do sistema de comunicação e falha dos pilotos do Legacy. Segundo ele, os controladores fizeram o que era para ser feito. Ainda de acordo com ele, os controladores ficaram magoados com as declarações do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, em audiência no Senado na terça-feira, de que poderia ter havido falha dos controladores.

- Foram declarações sem pontos específicos. Foi uma falta de bom senso dizer que os controladores têm culpa - disse Normando Augusto.

O advogado disse que todos os 13 controladores estavam com carga de trabalho normal no dia do acidente, não estavam cansados e todos têm idades que variam de 27 a mais de 50 anos, todos com bastante experiência. Ele negou que o controlador que monitorava o Legacy no momento do acidente tenha 20 anos, como foi publicado na imprensa. Segundo o advogado, o controlador tem 27 anos e cinco anos de experiência.

- Ele tem cara de novinho, mas tem 27 anos. Ninguém foi homologado precocemente. Não assumem nenhuma culpa ou falha. Os controladores não têm culpa de absolutamente nada - disse.

Normando considera crucial o depoimento dos últimos três controladores pela Polícia Federal nesta quinta-feira. Serão ouvidos o supervisor, o controlador e o assistente do controlador que monitoravam o Legacy no momento do acidente. Eles já tinham rendido os colegas da equipe anterior. Nesta quarta-feira a PF ouviu três controladores. Segundo o advogado, eles estão sendo ouvidos como informantes, e não como indiciados.

Segundo ao advogado, todos estão bem psicologicamente e com disposição para voltar ao trabalho. Ainda de acordo com ele, entre os 13 controladores há uma mulher, a única funcionária civil do grupo, que trabalhava em São José dos Campos no dia do acidente.

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