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Leite adulterado

Cooperativa suspeita de adulterar leite volta a funcionar

Justiça Federal cancelou a interdição porque as buscas e apreensões já foram feitas. Dirigentes investigados estão afastados da empresa, que já tem novo diretor

Depois de ficar interditada por 15 dias, a Copervale -- cooperativa suspeita de adulterar leite longa vida -- voltou a funcionar parcialmente, em Uberaba (MG). O presidente interino da empresa, Antônio Bernardes Neto, disse ainda que o leite de saquinho deve estar de volta ao comércio na sexta-feira (9). A Justiça Federal cancelou a interdição, no início desta semana, porque as buscas e apreensões já foram feitas. Os dirigentes investigados estão afastados da empresa, que já tem um novo diretor.

A notificação deu poderes para o conselho eleger um novo presidente interino. Neto foi nomeado na terça-feira. "A principal preocupação da empresa é aumentar a fiscalização ara dar garantias ao consumidor sobre a qualidade do produto."

Todos os produtos estão sendo produzidos, menos o leite de caixinha, que o resultado das análises não foi concluído ainda. Desde quinta-feira (1º), o fornecimento do leite de saquinho foi suspenso. Fiscais do Sistema de Inspeção Federal fazem análises do produto. A previsão, segundo a empresa, é de que o produto volte ao mercado ainda nesta semana.

O leite cru, que sai das fazendas, é transformado em leite em pó ou encaminhado a outros laticínios da cidade.

Operação

Desencadeada no dia 22 de outubro, a Operação Ouro Branco prendeu e indiciou 27 pessoas pelos crimes de formação de quadrilha e adulteração de produto. Os últimos suspeitos, que continuavam detidos, foram liberados porque o prazo da prisão temporária venceu.

A Copervale e a Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) são suspeitas de adicionar soda cáustica e água oxigenada ao leite. As substâncias eram acrescentadas para aumentar a quantidade do produto e o tempo de validade.

Investigação

Uma nova etapa das investigações deve buscar informações sobre os dois químicos que realizavam as misturas. O responsável pela fórmula de Uberaba veio de São Paulo e prestava serviços para outras nove empresas, em Minas Gerais e São Paulo. Estas empresas também devem ser investigadas. Já o químico da cidade de Passos veio de Goiás, estado que também será alvo de investigações.

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