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Sede do Tribunal de Contas do Paraná, em Curitiba | Brunno Covello / Gazeta do Povo
Sede do Tribunal de Contas do Paraná, em Curitiba| Foto: Brunno Covello / Gazeta do Povo

Contratos públicos

Veja obras tocadas pela Sial no Paraná e em todo o país:

• Revitalização da Rodoferroviária de Curitiba

• Ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Afonso Pena

• Construção da sede regional da Fundação Oswaldo Cruz em Brasília

• Construção da delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu

• Construção da delegacia da Polícia Federal em Dourados (MS)

• Construção do Clube da Gente do Tatuquara (Curitiba)

• Construção da Rua da Cidadania do Cajuru (Curitiba)

• Construção do Hospital do Idoso Zilda Arns (Curitiba)

• Construção do Hospital Regional do Litoral (Paranaguá)

• Reforma e ampliação do Museu de Arte do Paraná (Curitiba)

• Reforma do aeroporto de Joinville

• Reforma e ampliação do aeroporto de Macaé (RJ)

O coordenador-geral do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), Luiz Bernardo Dias Costa, foi solto no final da tarde dessa sexta-feira em Curitiba mediante ao pagamento de fiança de R$ 18 mil. Segundo o advogado de Costa, Roberto Brzezinki, o coordenador concordou em se afastar das funções no tribunal.

Costa estava preso desde quarta-feira, depois de ser flagrado recebendo R$ 200 mil do diretor da Sial Engenharia e Construção, Edenilso Rossi. A empresa foi a vencedora da licitação para a construção do prédio anexo ao TCE, no Centro Cívico, em Curitiba, no valor de R$ 34 milhões. O empresário e outras quatro pessoas também foram presos.

A prisão foi feita em ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão vinculado ao Ministério Público Estadual (MP), que ivestigou suposta fraude na licitação, que teria ocorrido para beneficiar a construtora Sial em concorrência pública de R$ 36,4 milhões para a construção de um novo anexo do Tribunal de Contas do Paraná (TC), no Centro Cívico, em Curitiba. As investigações eram feitas havia três meses. Costa foi preso em flagrante após receber R$ 200 mil em maços de dinheiro. O empresário Edenilso Rossi teria sido quem repassou o dinheiro a Costa.

Obras da Copa

A vencedora da licitação sob suspeita de fraude para a construção de um anexo ao prédio do Tribunal de Contas do Paraná (TC), no Centro Cívico, em Curitiba, a empresa Sial Engenharia e Construção mantém – e manteve – diversos outros contratos com o poder público no Paraná e em todo o país. Os contratos milionários envolvem obras da Copa do Mundo, reformas de prédios e construções de hospitais e penitenciárias.

Proprietário da construtora, o empresário Edenilso Rossi foi preso na sede da empresa, na última quarta-feira, quando entregava R$ 200 mil ao coordenador-geral do TC, Luiz Bernardo Dias Costa, que participa da Câmara Temática da Transparência da Copa do Mundo como representante do tribunal. O dinheiro seria o pagamento de propina para que Costa fraudasse, em favor da Sial, a licitação da obra de construção do novo anexo no TC, orçada em R$ 36,4 milhões.

Além do contrato com o TC, a empreiteira é responsável por duas das principais obras da Copa em Curitiba. Uma delas, a revitalização da Rodoferroviária, foi inaugurada há cerca de duas semanas a um custo de R$ 46 milhões. Já nas obras – ainda em andamento – de ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, a Sial atua em um consórcio com mais duas empresas. Os serviços no terminal aeroportuário estão calculados em R$ 246,7 milhões.

Edenilso Rossi

Preso na operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão vinculado ao Ministério Público Estadual (MP), o proprietário da Sial Engenharia, Edenilso Rossi, é tesoureiro do PSD do Paraná e preside o partido em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele também é pré-candidato a deputado federal pela legenda. Segundo o site do PSD paranaense, Rossi "integrou a equipe estratégica de inúmeras campanhas majoritárias no Paraná e, em 2011, participou ativamente da constituição do PSD, percorrendo todo o estado em busca de lideranças comprometidas com o futuro e com o bem-estar da população".

Por meio da assessoria de imprensa, o deputado federal Eduardo Sciarra, presidente do PSD do Paraná, disse que primeiramente iria tomar conhecimento a respeito da investigação do Gaeco, que corre sob sigilo. Somente depois disso, a Comissão Executiva do partido irá se reunir para tomar uma decisão sobre o futuro de Rossi.

Licitação suspensa

O Tribunal de Contas do Paraná (TC) informou ontem, por meio de nota, que suspendeu o processo licitatório para a construção do prédio anexo até que haja a completa apuração da suspeita de direcionamento da licitação em favor da construtora Sial. A empresa venceu o certame pelo preço de R$ 36,4 milhões para tocar a obra – um edifício de 9 andares ao lado da atual sede do TC, no Centro Cívico, em Curitiba. "Em relação ao processo licitatório questionado, as obras não foram iniciadas e nem houve qualquer espécie de pagamento ou dispêndio de recursos públicos", afirma o texto. O tribunal ainda informou que prestou todas as informações necessárias ao Gaeco, órgão vinculado ao Ministério Público que fez as prisões dos suspeitos da fraude na licitação. A nota do TC diz ainda que o tribunal "está tomando todas as providências necessárias para que o caso seja elucidado, possibilitando o pleno exercício da ampla defesa a todos os envolvidos".

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