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O governador de Sergipe estava no segundo mandato | José Cruz/ABr/Arquivo
O governador de Sergipe estava no segundo mandato| Foto: José Cruz/ABr/Arquivo

Dilma vai ao velório do governador Marcelo Déda

A presidente Dilma Rousseff vai ao velório do governador licenciado de Sergipe, Marcelo Déda (PT). Segundo assessores do Planalto, o horário da viagem de Dilma ainda não foi definido, depende de quando o corpo de Déda será levado de São Paulo para Sergipe. Mas, a princípio, a presidente deve viajar depois da solenidade de assinatura do contrato do Campo de Libra, com início marcado para as 11 horas.

A presidente lamentou, por meio do Twitter, a morte do governador de Sergipe, Marcelo Déda. Em três mensagens na rede social, a presidente diz que o petista "exerceu a política com P maiúsculo" e que "o Brasil e o estado de Sergipe perderam um grande homem".

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Lula lamenta morte de um grande amigo, compadre e irmão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que perdeu um "grande amigo, compadre e irmão" com a morte do governador de Sergipe, Marcelo Déda. Em nota divulgada no Instituto Lula, e assinada também pela dona Marisa Letícia, o ex-presidente exalta a trajetória política do governador.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros também lamentou a "morte precoce" do governador. Em nota, Renan disse que Déda deixa "familiares, amigos e a população brasileira desolados".

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O corpo do governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), que morreu em São Paulo na madrugada desta segunda-feira (2) após complicações decorrentes de um câncer gastrointestinal, deverá chegar à capital Aracaju na tarde desta segunda. O velório está previsto para começar às 16 horas, no horário local, 17 horas em Brasília.

Segundo o diretor de imprensa do governo do Estado, João Augusto Freitas, o velório deve se estender até terça-feira, no Palácio-Museu Olímpio Campos, no centro de Aracaju. Até o momento, ainda não há informações sobre data e local do enterro.

O governo estadual decretou luto oficial de sete dias pela morte de Déda. O prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), que está em viagem oficial à Alemanha, decretou três dias de luto. Com a morte de Marcelo Déda (PT), o vice-governador Jackson Barreto assume o governo até as eleições do ano que vem. A presidente da Assembleia Legislativa, Angélica Guimarães (PSC -SE), acumula as atribuições de vice-governadora.

Numa rede social, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), lamentou a perda de Déda. Relatou ter visitado o petista há dez dias. "Mesmo debilitado, pediu para projetarmos o futuro. Isso demonstra o que era: guerreiro". Perfil

Casado duas vezes, o governador deixa quatro filhos. Advogado formado pela Universidade Federal de Sergipe, o político estava no segundo mandato. No seu lugar assumirá o vice-governador, Jackson Barreto, do PMDB.

Natural do município de Simão Dias, Déda milita na política desde a década de 70, nos movimentos secundaristas, quando conheceu o então dirigente sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Militante do Partido dos Trabalhadores (PT), no início dos anos 1980, Marcelo Déda foi fundamental na consolidação da legenda no estado.

Em 1985, o PT decidiu lançar o nome de Déda para concorrer às eleições municipais de Aracaju, com o objetivo de se firmar como um partido nacional. Na época, com 25 anos e sem recursos para a campanha, o candidato fez todos os programas eleitorais gratuitos de televisão ao vivo e apenas com a bandeira do partido na parede do cenário, montado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

"A lei me facultava fazer ao vivo, então eu ia cru, pregava uma bandeira com durex e estava pronto o cenário do ‘ao vivo’. Aquilo que era uma desvantagem virou uma vantagem porque me transformei no âncora do programa eleitoral", relatou o governador de Sergipe em sua página oficial na internet.


Na eleição municipal, mesmo com recursos para a confecção de 5 mil cartazes, Déda ficou em segundo lugar com quase 19 mil votos. Logo em seguida foi eleito deputado federal por Sergipe.

Um ano depois, ele foi eleito deputado estadual com mais de 32 mil votos. O revés eleitoral ocorreu em 1990, quando tentou se reeleger para uma das cadeiras da Assembleia Legislativa. Acusado de ter priorizado as atividades legislativas em detrimento dos movimentos sociais, Marcelo Déda obteve 10% dos 33 mil votos que o elegeram em 1986.

Em 1994, foi eleito para a Câmara dos Deputados e, em 2000, conquistou o primeiro mandato de prefeito de Aracaju referendado por 52,8% dos votos válidos. Reeleito em 2004, Déda começou a consolidar a trajetória política para a candidatura ao governo de Sergipe.

Em 2006, deixou a prefeitura de Aracaju para se candidatar ao comando do estado. Eleito em primeiro turno com 52% dos votos, Déda investiu em infraestrutura no interior do estado.

Em entrevista à Agência Brasil, durante a campanha à reeleição, Marcelo Déda disse que o foco de seu governo no segundo mandato – 2010 a 2014 – seria o combate à violência, o aprofundamento das políticas sociais e a continuidade das obras de infraestrutura iniciadas em 2006.

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