O presidente nacional do PP, deputado Pedro Corrêa (PP-PE), afirmou nesta quarta-feira, na CPI do Mensalão, que o chefe-de-gabinete da liderança do PP, João Cláudio Genu, só foi autorizado a sacar R$ 700 mil das contas do empresário Marcos Valério. Segundo Valério, Genu recebeu R$ 4,1 milhões entre setembro de 2003 e julho de 2004.
- Nenhum outro saque feito por Genu nas agências do Banco Rural era do conhecimento do partido nem foi autorizado pelo partido - acrescentou.
Segundo Corrêa, Genu foi três vezes ao Banco Rural para sacar dinheiro em espécie destinado a pagar serviços do advogado Paulo Goyaz, que defendeu o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) em 36 ações judiciais. Dessas, 12 já foram arquivadas.
Genu teria feito dois saques de R$ 300 mil e um de R$ 100 mil, totalizando R$ 700 mil. Corrêa disse que o PP pagou os honorários do advogado em quatro parcelas, a primeira de R$ 300 mil e as seguintes de R$ 200 mil cada uma, entre junho e setembro de 2003, somando R$ 900 mil. De acordo com o presidente do PP, a diferença foi paga com recursos do próprio partido.
O deputado afirmou que o dinheiro foi recebido em espécie porque as contas bancárias do PP estavam bloqueadas pela Justiça. "Nunca entrou um tostão nas contas do partido nem nas minhas contas", disse Corrêa. Ele esclareceu que o dinheiro foi repassado diretamente para o advogado e apresentou os recibos de pagamento.
O acordo financeiro com o PT se deu porque, de acordo com Corrêa, o PP, que apoiava o governo federal, era perseguido politicamente pelo PT no Acre. Ele citou a cassação do ex-deputado Narciso Mendes, defendida pelo PT
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