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A eventual vaga de José Borba (PMDB-PR), que pode renunicar ou ser cassado, acusado de receber R$ 2,1 milhões do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, deverá ser ocupada pelo atual secretário estadual do Planejamento, Reinhold Stephanes, nome já conhecido no cenário nacional por ter sido ministro da Previdência por três vezes – nos governos Geisel, Collor e Fernando Henrique.

Stephanes vinha negando a possibilidade de assumir a cadeira, mas revelou nesta terça-feira, à Gazeta do Povo, uma mudança de planos. Disse que, se Borba for mesmo cassado, ous e afastar voluntariamente, irá assumir imediatamente – como prevê a lei –, mas em seguida irá se licenciar, a fim de terminar o Orçamento do Estado para 2006.

Segundo o secretário, ele já acordou com o governador Roberto Requião que seguiria no governo até março, passando a assumir a cadeira de deputado em definitivo a partir de abril de 2006. Nesse intervalo, quem assumiria a vaga em Brasília seria o médico José Cláudio Rorato, que tem base política em Foz do Iguaçu, e foi secretário de Turismo no início da atual gestão de Requião.

Outro paranaense ameaçado é o deputado José Janene (PP), citado por Roberto Jefferson desde o início do escândalo do mensalão. Ele teria recebido R$ 4,1 milhões por meio de seu assessor João Cláudio Genu, que confessou fazer os saques nas contas de Valério e entregar o dinheiro à tesouraria do PP. Se for cassado, Janene deverá ser substituído por Nelton Friedrich, eleito na época pelo PDT – que fazia coligação com o PP –, mas que se filiou PT após ser nomeado para uma importante diretoria na Itaipu Binacional.

O cargo – cujo salário é pago em dólares – pode motivar Friedrich a abrir mão de assumir a cadeira de deputado – o que abriria caminho para Irineu Rodrigues, conhecido como Pastor Irineu, também do PDT. Por enquanto, Friederich prefere não comentar a possibilidade.

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