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A anistia prometida pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), aos deputados envolvidos nas denúncias de abuso no uso da cota de passagens aéreas não é consenso entre integrantes do comando da Casa. O corregedor da Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), defendeu ontem que os casos sejam analisados isoladamente.

O argumento do corregedor é de que, em algumas situações, os parlamentares usaram dinheiro público em benefício próprio e, portanto, há a necessidade de ser aberta uma investigação. ACM Neto disse, porém, que a Corregedoria só pode agir se for provocada pelo comando da Câmara.

"Acho que não podemos generalizar. Existem casos onde houve o aproveitamento econômico da cota de passagem e isso tem de ser investigado. Não pode ficar sem resposta. Tivemos casos de comercialização da cota e que nós não podemos deixar sem resposta. Uma coisa é usar a cota discricionariamente (livre de restrições) outra coisa é tirar proveito econômico", afirmou o corregedor.

Dentro da Câmara, são considerados delicados os casos dos deputados Fábio Faria (PMN-RN), Paulo Roberto (PTB-RS) e Fernando de Fabinho (DEM-BA). Paulo Roberto e Fernando de Fabinho estão sendo investigados por uma sindicância internada da Câmara por suspeita de participação em um esquema de venda clandestina de bilhetes destinados aos parlamentares que chegou a envolver ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Anistiado

Jà Fábio Faria pagou passagens com dinheiro público aos atores Kayky Brito, Stephany Brito e Samara Felippo para o carnaval fora de época de Natal, além de ceder bilhetes da Câmara para sua ex-namorada, Adriane Galisteu, e a mãe dela viajarem a Miami (EUA). Faria ontem se reuniu com Michel Temer e saiu convencido de que está anistiado e não será punido pelo abuso. Faria citou o discurso de Temer feito no plenário, anteontem, que disse que não haveria punição a eventuais abusos no uso da cota. "O presidente falou que qualquer caso de passagem ocorrido no período em que não tinha regra é passado. Meu caso se enquadra nisso", disse Faria.

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