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O corregedor da Câmara Federal, Eduardo da Fonte (PP-PE), vai recomendar à Mesa Diretora o encaminhamento do caso da colega Jaqueline Roriz (PMN-DF) ao Conselho de Ética. Ele pretende fazer um trâmite rápido do processo pelo órgão para que a Mesa Diretora confirme seu parecer e o tema passe a se concentrar totalmente no Conselho de Ética. O PSol já protocolou um pedido de processo de cassação contra a deputada, mas o encaminhamento de outro pedido pela Mesa Diretora poderia dar mais força ao caso.

Fonte tem procurado se manter discreto em relação ao tema para evitar que a tramitação futura do pedido de cassação seja prejudicada. Ele ressalta que qualquer afobamento com o processo pode ferir o regimento e acabar por beneficiar Jaqueline Roriz no futuro. A deputada foi flagrada em um vídeo recebendo propina.

Para dar a celeridade possível ao processo, o corregedor não pretende fazer qualquer diligência sobre o caso. Seu planejamento é apenas analisar a defesa que será enviada por Jaqueline Roriz e já proferir seu parecer perante a Mesa.

O primeiro passo dessa investigação preliminar na Corregedoria, porém, tem esbarrado na licença médica que a deputada pediu. Na quarta e quinta-feira funcionários da Corregedoria foram até a residência da parlamentar para tentar notificá-la, mas não obtiveram sucesso. Após a notificação a deputada terá cinco dias úteis para se defender.

Deputados do Conselho de Ética querem convidar o ex-secretário de Relações Ins­­titucionais do DF Durval Barbosa a prestar esclarecimentos no processo contra Jaqueline Roriz. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o delator do "mensalão do DEM" afirma que o dinheiro entregue à deputada em vídeo gravado em 2006 é "oriundo de propinas". Como o Conselho de Ética não tem poder de convocação, Durval só comparecerá ao colegiado se desejar.

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