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Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) informou que vai analisar os conteúdos do relatório divulgado na quinta-feira pela Controladoria Geral da União (CGU), que aponta irregularidades na empresa.

Os Correios se comprometeram em 'encaminhar ao órgão todas as informações visando ao completo esclarecimento dos fatos'.

Segundo a nota, antes da divulgação do relatório, a CGU já havia apresentado 20 relatórios que foram integralmente respondidos pelos Correios. 'Alguns deles, como por exemplo, o que continha questionamentos em relação à conclusão das obras do Centro Operacional e Administrativo de Florianópolis e à concorrência 12/2002, para a implantação de serviços de Correio Híbrido, já tiveram, inclusive, medidas cautelares revogadas pelo Tribunal de Contas da União - TCU, que descartou a existência de qualquer irregularidade.'

'Mesmo nesse lote, diversos questionamentos já estão elucidados, como é o caso da quase totalidade daqueles que figuram no Relatório 25, denominado Serviços Jurídicos, cujas explicações já foram apresentadas pelos Correios e acatadas pela Controladoria Geral da União', diz a nota.

A CGU concluiu, na quinta-feira, a auditoria especial na ECT iniciada em maio a partir das denuncias de corrupção na estatal. Ao todo, foram analisados 257 contratos administrativos nos Correios, no montante de R$ 8,37 bilhões.

Na última etapa, segundo a controladoria, foram analisados 35 contratos, que apontam prejuízos na estatal da ordem de R$ 121 milhões. Os contratos referem-se à prestação de serviços para a Rede Postal Aérea Noturna, ao contrato do Banco Postal com o Bradesco, às agências de correios franqueadas e às obras de construção e de reforma em diferentes unidades dos Correios, entre outros.

Nos contratos referentes aos serviços de transporte da carga postal via Rede Postal Aérea Noturna foram encontrados, segundo a CGU, as maiores irregularidades em termos de valores financeiros. O prejuízo potencial estimado para essa área é de R$ 86 milhões.

Entre os principais problemas está o mau dimensionamento de cargas contratadas. Os auditores apontaram ainda um superfaturamento nos pagamentos efetuados à empresa aérea Skymaster, que presta serviços para o Correio Aéreo Noturno, no valor de R$ 58,8 milhões. Nesse caso, foram verificadas variações injustificadas no preço pago pelo peso da carga transportada.

A Skymaster divulgou nota na quinta-feira afirmando que 'todos os contratos da empresa com os Correios, ganhos em licitações e concorrências legais, transparentes e abertas a todas as empresas nacionais do setor, se referem a fretamento de aeronaves e não a quilos transportados'.

A Skymaster também afirma, em nota, que 'não tem como entrar no mérito de um relatório como o que apresenta a CGU, que já parte de parâmetros equivocados, inexistentes e fora do objeto do contrato'.

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