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Cerca de 3 mil pessoas participaram, na manhã deste domingo, da 3ª Corrida e Caminhada pela Paz no Trânsito, organizada pelo Detran, no Aterro do Flamengo. A idéia era conscientizar a população para os perigos da bebida e da imprudência na direção, as duas principais causas de acidentes de trânsito, segundo o presidente da instituição, Gustavo de Carvalho. Maria Vitória Padilla, mãe de Ana Clara Rocha Padilla, morta no acidente que vitimou cinco jovens na Lagoa, no dia 3 deste mês, estava no local e ressaltou a importância da conscientização dos jovens.

- Minha próxima meta é investir na educação dos jovens. São eles que têm o poder de decisão sobre o que vão fazer. Não adianta só os pais tomarem conta porque na hora de colocar o cinto de segurança, o pai não vai estar lá, é ele quem vai decidir. É preciso falar diretamente com eles - disse Maria Vitória, que é coordenadora da educação infantil do Centro Educacional da Lagoa (CEL), escola onde a filha estudava.

Para o presidente do Detran, Gustavo de Carvalho, para chegar aos jovens é preciso que haja um somatório de forças de agentes educacionais, como os pais, as instituições públicas e até mesmo os locais que fazem parte do cotidiano deles, como boates e locais que vendam bebidas alcoólicas.

Anualmente, 35 mil pessoas morrem no Brasil vitimas de acidentes de carro. No Rio de Janeiro, foram cerca de 3.800 no ano passado.

O evento, que abriu as comemorações da Semana Nacional de Trânsito - de 18 a 25 de setembro - arrecadou 15 toneladas de alimentos, que serão doadas para três instituições do estado.

Críticas à declaração de juíza

Neste sábado, foi realizada a missa de sétimo dia de quatro dos cinco jovens mortos no acidente da Lagoa. A celebração foi marcada por forte emoção dos presentes. As declarações da juíza da 1ª Vara da Infância e da Juventude, Ivone Caetano, que, ao comentar a tragédia, que chamou os pais de negligentes dividiu opiniões entre as famílias.

- Ela não nos conhece para fazer este tipo de julgamento. Eu tenho pena das pessoas que serão julgadas por ela - disse o engenheiro Nelson Chamiz, pai de Joana Kuo Chamis, de 17 anos, que pensa em interpelar judicialmente a magistrada se ela prosseguir com as declarações.

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