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O tucano José Aníbal é citado como suspeito de participar do esquema para a compra de trens em SP | Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil
O tucano José Aníbal é citado como suspeito de participar do esquema para a compra de trens em SP| Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil

"Trensalão"

O suposto esquema que envolve a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ficou conhecido como "trensalão tucano". Em 2013, a alemã Siemens denunciou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a existência um cartel. No dia 4 de dezembro, a Polícia Federal indiciou 33 pessoas.

O problema da corrupção não pode ser atribuído apenas ao PT e parece ser um desafio brasileiro. Essa é a conclusão de uma reportagem publicada ontem pelo jornal britânico Financial Times. Ao citar o suposto escândalo de corrupção para a compra de trens que envolveria o governo do estado de São Paulo, a publicação diz que o principal partido de oposição do governo federal, o PSDB, também está "na berlinda".

O Financial Times cita que o noticiário internacional relacionado ao Brasil tem dedicado espaço ampliado ao esquema de corrupção que envolve a Petrobras e atinge os partidos da base governista em Brasília. "Mas, ainda que receba menos atenção, outro escândalo de longa data envolvendo o sistema ferroviário suburbano de São Paulo também está chegando a um ponto crítico", diz o jornal.

A reportagem diz que a polícia já indiciou 33 pessoas e congelou mais de R$ 600 milhões em ativos de empresas, entre elas a alemã Siemens e a francesa Alstom, que têm negócios com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. O quadro, diz o jornal, "constrange o PSDB, que governa o estado de São Paulo há 20 anos".

Uma das principais lideranças tucanas, José Aníbal, secretário estadual de Energia, poderia ter ligação com o esquema, diz a matéria.

"A suposta manipulação das propostas para construção de linhas do Metrô de São Paulo e da CPTM são um embaraço para o PSDB, cujo candidato, Aécio Neves, esteve perto de vencer as eleições contra Dilma Rousseff em outubro", diz o jornal. "O escândalo ferroviário de São Paulo, que poderia se estender por 15 anos de governos do PSDB entre 1998 e 2013, mostra que a corrupção nos contratos públicos é um problema brasileiro, e não um desafio de apenas de um único partido".

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