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O ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, presidente do PL, disse nesta terça-feira em depoimento à CPI do Mensalão - que investiga a compra de votos de parlamentares da base do governo - que a desorganização do Partido dos Trabalhadores fez com que o então tesoureiro Delúbio Soares ficasse sem recursos para honrar os compromisso assumidos com o PL durante a campanha eleitoral de 2002.

- Nunca tinha visto tanta organização em um partido. Mas quando começou a campanha nunca vi tanta desorganização - afirmou Costa Neto. - Todos os candidatos vinham pedir verba ao Delúbio. Ele não estava conseguindo atender todos. Não era possível alguém bancar aquilo tudo, isso levou o Delúbio a não conseguir honrar os compromissos com o PL. E por isso ele fez um empréstimo - acrescentou.

Costa Neto comentou que a verba repassada pelo PT foi entregue na forma de cheques da SMP&B, empresa de Marcos Valério, em favor da companhia Guaranhuns Empreendimentos, no valor de R$ 1,2 milhão.

- Nunca tinha ouvido falar no nome dessa empresa Guaranhuns(...) Foi firmado um contrato entre a SMP&B com a Guaranhuns para justificar a transferência de recursos(...) Foi uma surpresa para mim o cheque ser emitido para a empresa Guaranhuns. Falei com o Delúbio e ele me disse que eles (o PT) resgatariam os três cheques.

Segundo ele, o pagamento foi feito depois da eleição, e os cheques foram depois trocados em dinheiro por emissários de Delúbio, que ele não soube identificar e os chamou de "seguranças".

- As trocas foram feitas em meu apartamento em São Paulo - explicou o ex-parlamentar.

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