Brasília (Folhapress) O chefe-de-gabinete do ministro Antônio Palocci (Fazenda), Juscelino Antônio Dourado, foi convocado ontem para depor na CPI dos Bingos, por sua ligação com o advogado Rogério Tadeu Buratti, de quem foi padrinho de casamento. A CPI tem documentos que provam troca de telefonemas entre os dois em 2003 e 2004.
Já Buratti, ex-secretário da Prefeitura de Ribeirão Preto em 1993 e 1994, quando Palocci era prefeito, pode não depor hoje na CPI. Ele pediu o adiamento ontem, mas a CPI manteve a convocação.
A data em que Dourado deverá depor não foi definida. "Somente depois de colhermos o depoimento de Juscelino Dourado é que vamos decidir se o ministro Antônio Palocci será convocado ou não para prestar depoimento", disse o senador Efraim Morais (PFL-PB), presidente da CPI.
Cauteloso, o relator Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) disse que Palocci somente será chamado se "houver provas contra ele". "Até agora não apareceu nada contra o ministro."
Ontem, antes do depoimento do ex-assessor da Casa Civil Marcelo Sereno, o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que "o número excessivo de convocados para depor vai prejudicar os trabalhos da CPI". "Não dá para a gente ficar ouvindo todo mundo que é citado. Temos de fazer uma seleção para que somente as pessoas que podem contribuir com as investigações sejam convocadas."
A reportagem tentou falar com Dourado. O seu celular estava programado para não receber chamadas.
-
Ação de conciliação do STF sobre marco temporal e promessa quebrada de Lula frustram indígenas
-
Carne deve ter imposto? Taxação de alimentos promete debate acirrado no Congresso
-
Soros financia estudantes radicais que promovem protestos contra Israel nas universidades dos EUA, diz jornal
-
Ateliê que negou serviço a casal gay pode ser enquadrado em crime criado pelo STF
Deixe sua opinião