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Começou por volta de 10h30 o depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal Durval Barbosa, delator do suposto esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília, na CPI da Corrupção da Câmara Legislativa do DF.

O depoimento ocorre na Superintendência da Polícia Federal, já que Durval faz parte do programa de proteção de testemunhas. Na segunda-feira (29), Durval conseguiu no Tribunal de Justiça do DF o direito de ficar calado durante o depoimento. Desde o começo da manhã, um forte esquema de segurança foi montado na unidade da PF para realizar o depoimento de Durval.

Os cinco deputados integrantes da CPI já estão no plenário da PF onde ocorre a oitiva. A presidente da comissão, Eliana Pedrosa (DEM), perguntou se Durval iria se calar diante de qualquer pergunta ou se ele teria intenção de responder determinadas perguntas.

Acompanham o depoimento os deputados Raimundo Ribeiro (PSDB), Paulo Tadeu (PT), Reguffe (PDT) e Batista das Cooperativas (PRP). Além de jornalistas, pouco mais de 30 interessados no caso acompanham a sessão da CPI.

Esta é a segunda vez que a CPI tenta ouvir o ex-secretário, responsável pela gravação de deputados distritais, empresários e até do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) recebendo maços de dinheiro de um suposto esquema de distribuição de propina. Ele entregou os vídeos à PF em troca da delação premiada.

Em janeiro, o ex-secretário chegou a ter depoimento marcado para o dia 26, mas ele pediu o adiamento. Em seu pedido, Durval alegava precisar de um tempo maior "para juntar mais subsídios com vista à elucidação dos fatos."

Depois de ter o adiamento confirmado, Durval Barbosa divulgou comunicado à imprensa em que dizia não poder se "submeter a questionamentos meramente políticos" feitos por parlamentares de uma "Casa apoteoticamente desorganizada político e administrativamente". Na carta, ele classificava o suposto esquema de propina no governo local como a "maior roubalheira documentada já vista no Brasil".

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