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Além de interrogar Marcos Camacho, o Marcola, apontado como um dos principais líderes da organização criminosa que comandou as rebeliões em São Paulo, a CPI do Tráfico de Armas quer ouvir na terça-feira os depoimentos dos advogados Sergio Weslei da Cunha e Cristina de Souza, acusados de comprar os depoimentos de dois delegados do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) colhidos em sessão reservada da comisão. Os dois advogados teriam comprado a fita da sessão reservada do técnico de som Arthur Vinicius Silva. Na quinta-feira, a CPI quer fazer uma acareação entre os advogados e Arthur Vinícius.

A CPI vai decidir na terça-feira a data e o local do depoimento de Marcola. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), é contra a realização do interrogatório nas instalações da Casa, mas o presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), disse que a decisão caberá à comissão. A audiência poderá ser realizada na Câmara ou na penitenciária de Presidente Bernardes, onde Marcola está preso.

O requerimento de convocação do criminoso foi aprovado no último dia 3 de maio, antes da onda de violência e rebeliões em prisões no estado de São Paulo e em outros estados. Embora Aldo tenha declarado à imprensa, antes de viagem oficial aos Estados Unidos ser contrário à realização do depoimento na Casa, Moroni Torgan afirma que há condições para colher, na própria Câmara, o depoimento do líder da facção criminosa.

Segundo Moroni, outros depoimentos de presos de alta periculosidade, como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e o empresário Ronaldo Duarte Freitas, o Naldinho, acusado de participar de esquema de tráfico de drogas em Santos, foram tomados pela CPI. Para os depoimentos, a Polícia Federal foi acionada e escoltou Naldinho até as dependências da Câmara.

- Mais do que condições para ouvi-lo, nós temos o dever. Precisamos mostrar à sociedade que estamos decididos a debelar o PCC - disse o presidente da CPI.

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