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Sem consenso para convocar o presidente do HSBC no Brasil, André Guilherme Brandão, os senadores da CPI do HSBC acabaram aprovando convite para ouvir o executivo. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), argumentou contra o requerimento apresentado pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Para o tucano, a presença do executivo pouco iria contribuir com as investigações neste momento.

CPI do HSBC quer ouvir ex-diretores do Metrô de SP e da CPTM

O grupo votará requerimento para convocar o presidente do HSBC no Brasil para prestar esclarecimentos sobre as contas de brasileiros listados nos escândalo

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— Acho um equívoco a condução que está sendo dada. Temos outras coisas para apurar nessa etapa. É como se estivéssemos colocando o carro na frente dos bois.

O senador Blairo Maggi também foi contra o convite.

— Transformar a convocação em convite é muito mais gentil. Se ele não atender nosso pedido, fazemos uma convocação. É complicado fazer uma convocação para quem não tem, pessoalmente, muito a ver com o tema — afirmou o senador.

A data para ouvir Brandão ainda será definida. Nesta quinta-feira, a comissão ouve o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel. Maciel esteve no cargo entre 1995 e 2002. Para os senadores, Maciel pode contribuir com as investigações por ter conhecimento sobre métodos de apuração de fraudes fiscais.

Outro requerimento, de autoria da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), aprovou as convocações de Paulo Celso Mano Moreira da Silva, ex-diretor de Operações do Metrô de São Paulo, e de Ademir Venâncio de Araújo, ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os dois terão que prestar esclarecimentos sobre as contas relacionadas ao seu nome na agência do banco HSBC em Genebra, na Suíça.

A CPI também aprovou a solicitações informação à Receita Federal sobre instalação de procedimento fiscal relativo a 129 contribuintes citados na lista de brasileiros com contas naquele país. A intenção é apurar a possível ocorrência de fraudes fiscais em decorrência da manutenção dessas contas.

Outro pedido aprovado requer que a Secretaria da Receita Federal seja oficiada para que informe se os contribuintes listados declararam a existência de contas bancárias no banco HSBC de Genebra, na Suíça, no período de 2006 e 2007. Os senadores também concordaram em pedir ao Banco Central informações e documentos sobre questões específicas relativas aos correntistas brasileiros citados na lista.

Embaixador da França

Estadão Conteúdo

Uma comissão formada por parlamentares da CPI foi recebida nessa quarta-feira pelo embaixador da França no Brasil, Denis Pietton. Durante o encontro, Pietton informou que que as autoridades francesas já receberam a solicitação de informação feitas pelas autoridades brasileiras em relação às contas e ao depoimentos de Herver Falciani, ex-técnico do banco responsável pelos vazamentos.

O vice-presidente da comissão informou que a CPI já conseguiu a cooperação da da Procuradoria Geral da República com as investigações e recebeu informações do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) sobre os 129 nomes que são de interesse do fisco.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga contas irregulares em contas de brasileiros no HSBC da Suíça, relatou nesta quinta-feira, 9, que o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton, afirmou em reunião que o país mantém compartilhamento de informações com a Receita Federal sobre o caso.

O governo francês também estaria disposto a firmar um acordo jurídico, com a anuência do Palácio do Planalto, o que possibilitaria o resgate de recursos ilegais depositados nas contas. “O embaixador nos deu informações de que França compartilha um banco de dados e informações com 19 países”, disse. “Alguns desses países conseguiram resgatar recursos depositados ilegalmente e não haveria problema do Brasil ser o 20º país”, afirmou.

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