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O presidente da CPI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), e o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), decidiram adiar para terça-feira da semana que vem a decisão sobre uma possível convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e a data do depoimento de Nilton Monteiro, que divulgou a lista com os supostos beneficiários de doações não contabilizadas de Furnas e que ameaça apresentar novas provas que incriminam políticos de vários partidos, inclusive da oposição.

Delcidio e Serraglio estão pressionando o delegado da Polícia Federal Luiz Flávio Zampronha para que ele divulgue o laudo sobre a autenticidade da lista de Furnas, antes que a CPI defina os próximos passos da investigação desta denúncia. Nesta quarta-feira, a comissão ouvirá o depoimento de Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas que teria elaborado a lista.

- Queremos o laudo da PF sobre a lista, já que o ministro da Justiça disse que sem ele não terá nada a dizer sobre a denúncia - justificou Serraglio.

O relator da CPI também suspeita das provas que Monteiro poderia apresentar, caso seu depoimento seja marcado:

- Se ele (Monteiro) tem recibos, por que não apresentou até agora? Ele precisa ser mais claro para vir à CPI. Até agora, já mudou seu depoimento diversas vezes. Não podemos virar massa de manobra na mão dele.

Com vários representantes incluídos nesta lista, o PFL e o PSDB apoiaram na semana passada a aprovação do requerimento de convocação do ex-diretor de Furnas, mas estão cobrando do ministro da Justiça um pronunciamento público para que esclareça se a lista de Furnas é falsa ou não. A oposição suspeita que a PF esteja demorando a divulgar o laudo para deixar parlamentares tucanos e pefelistas sob suspeição.

- Se esta lista fosse verdadeira, a PF não poderia nem estar investigando o caso. O inquérito deveria ser conduzido pelo Supremo Tribunal Federal, já que a investigação atingiria vários parlamentares - observou o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).

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