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A CPI do Apagão Aéreo no Senado pedirá a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de pelo menos 15 envolvidos no contrato firmado entre a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e a FS3, no valor de R$ 26,8 milhões. A informação é do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator da CPI. O contrato, objeto de debate na reunião da CPI desta terça-feira, foi feito sem licitação e há suspeita de que o valor tenha sido superfaturado.

Demóstenes afirmou que "uma gangue" se instalou na Infraero e que muitos dos "delinqüentes" envolvidos continuam a trabalhar na empresa. O senador sugeriu que a Infraero e o governo tomem providências imediatas para reparar os danos causados ao erário.

O relator da CPI disse ainda que as ocorrências de corrupção comprovadas na Infraero estão diretamente ligadas ao chamado "apagão aéreo", uma vez que recursos que deveriam ir para obras de infra-estrutura foram desviados.

O senador informou que o contrato entre a Infraero e a FS3 foi suspenso depois que auditoria interna apontou as primeiras irregularidades. Calcula-se, disse ainda, que efetivamente chegaram a ser pagos R$ 10 milhões do total de R$ 26,8 milhões que seriam gastos se não tivesse havido a suspensão do contrato.

Na reunião desta terça-feira, a comissão ouviu cinco autoridades que investigam os indícios de irregularidades na Infraero. Estiveram presentes a delegada da Polícia Federal Alessandra Borba; os procuradores do Ministério Público Rômulo Moreira Conrado e Gilberto Waller Júnior; o analista da Controladoria Geral da União (CGU) Amarildo José Leite e o perito da própria Infraero Fernando Silva de Andrade.

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