Brasília (AE) Há dificuldades para a CPI dos Correios obter das autoridades americanas os documentos sobre a quebra de sigilo bancário da conta Dusseldorf, do publicitário Duda Mendonça e do Trade Link Bank, vinculado ao Banco Rural. Fontes da embaixada dos Estados Unidos no Brasil disseram que a Promotoria Distrital de Nova Iorque, que detém esses dados, deverá negar o pedido.
A razão formal será a inexistência de tratado de cooperação e de troca de informações com o Legislativo brasileiro. Nos bastidores, o problema está na possibilidade de pessoas e empresas que se sentirem prejudicadas por um eventual vazamento de informações sigilosas, no Brasil, processarem a Promotoria.
A rigor, a Promotoria está escaldada pelo vazamento de informações sigilosas que havia fornecido à CPI do Banestado e que lhe causaram enormes problemas internos. Apesar disso, os procedimentos foram seguidos pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, John Danilovich, que encaminhou ao Departamento de Estado, em Washington, o pedido do presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), de acesso aos dados confidenciais. Essa solicitação será encaminhada, em seguida, ao Departamento de Justiça. Na próxima segunda-feira, Amaral e o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) devem desembarcar em Washington para tratar do assunto.
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