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Filho caçula de Lula, Luis Claudio não precisará depor na CPI. | João Sal/Folhapress
Filho caçula de Lula, Luis Claudio não precisará depor na CPI.| Foto: João Sal/Folhapress

A base aliada do governo conseguiu derrubar pela segunda vez na CPI do Carf requerimentos que pediam a convocação de Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e dos ex-ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral). Foi rejeitada ainda pela terceira vez a convocação da ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil). Os três foram citados na quarta fase da Operação Zelotes, que apurou suposta “compra” de Medidas Provisórias que beneficiaram empresas do setor automobilístico.

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), fez questão de acompanhar a votação. Líder do governo no Congresso, o senador José Pimentel (PT-PI) foi quem apresentou o requerimento para que a votação acontecesse em bloco e a rejeição ocorresse de forma conjunta. Ele rejeitou proposta do presidente da CPI, Ataídes Oliveira (PSDB-TO), de que outros requerimentos fossem votados antes.

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As convocações foram rejeitadas em votação simbólica. O mesmo já tinha ocorrido no dia 8 de outubro. A relatora da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), afirmou que os requerimentos tinham motivação “política” e não teria relação com o Carf, foco da CPI. “O requerimento é meramente político, não tem nenhuma ligação com o objeto dessa CPI”, afirmou a senadora.

Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a oposição estava “raivosa” pela derrota das eleições no ano passado. Criticou ainda a Polícia Federal por ter intimado o filho de Lula na noite do dia 27 de outubro após este sair do aniversário de seu pai. “Essa intimação do filho do ex-presidente às 23 horas no dia do aniversario do presidente foi coisa deliberada para macular a imagem do ex-presidente Lula”, afirmou Otto.

Antes da votação, o presidente da CPI fez uma defesa da aprovação dos requerimentos. Autor dos pedidos de convocação ele argumentou que Luis Claudio e os ex-ministros deveriam explicar na comissão as suspeitas levantadas na Operação Zelotes. “Vejo que há uma ligação extremamente contundente na relação da ex-ministra Erenice, do ex-ministro Gilberto Carvalho, como também do senhor Luis Claudio na venda dessas medidas provisórias”, afirmou Ataídes.

A CPI do BNDES, na Câmara, vai votar convocações de Palocci, para falar sobre suas consultorias ao BNDES, e também do empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Bumlai é alvo de cinco requerimentos e os deputados querem que ele explique financiamento de R$ 300 milhões do BNDES para Usina São Fernando, de sua propriedade.

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