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Acuada, a população de São Paulo tenta se proteger da violência: aumentou a procura de aluguel e compra de carros blindados. Na segunda-feira, quando a capital paulista parou assustada com a onda de terror, não sobrou carros para locação. Muita gente também tem entrado nas lojas para verificar o preço dos veículos.

- As vendas de blindados aumentaram 30% somente na segunda-feira. A locação dobrou - disse Silvio Anspach Júnior, proprietário da Auto Miami, na Avenida Europa, no Jardins.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), Franco Giaffone, o medo de ataques fez a classe média, principalmente, sair à procura de veículos blindados. As pessoas procuram carros mais velhos, de até 7 anos, que têm o preço mais barato, em torno de R$ 40 mil. A blindagem de um carro novo, zero quilômetro, não sai menos de R$ 55 mil.

- Nosso mercado está muito parecido com a bolsa de valores, funciona a base de boato e cotações - afirmou Giaffone.

Segundo ele, a diferença é que, desta vez, a classe média está preocupada e também procura os blindados. Já os mais ricos estão esperando um pouco para trocar de carro. Giaffone disse que "não é nada bom sair por aí ostentando um carro novo em um momento como esse". Os veículos mais procurados são Omega, Golf e Vectra.

Há também procura pelos coletes à prova de bala, que são vendidos nas lojas de armas com o mesmo rigor de cadastro (comprovante de residência e antecedentes criminais, por exemplo) exigido na aquisição de um revólver. Ricardo Venturini, proprietário da Inbrafiltro, disse que a tendência é de aumento de vendas de produtos que garantam a segurança pessoal.

- As empresas e o governo são os nossos principais clientes, mas a venda de coletes para as lojas de armas tem aumentado muito também. Tem muito civil tentando se proteger - disse Venturini.

Existem cinco tipos de coletes à prova de balas no mercado. Os preços vão de R$ 200 a R$ 10 mil, de acordo com a matéria-prima utilizada, segundo Venturini. Os mais vendidos custam entre R$ 800 e R$ 1,200. Os mais caros têm placas para proteções contra fuzil. Muita gente utiliza o colete por baixo da camisa, mas é possível encontrar coletes imitando jaquetas.

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