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O número de acidentes nas estradas federais que cortam os estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais cresceu neste feriadão de 1º de Maio em comparação com o mesmo período do ano passado, que teve, no entanto, um dia a menos. O número de mortos também cresceu no Rio e em São Paulo; só foi menor em Minas Gerais. A chuva na região Sudeste pode ter contribuído também para o aumento do número de ocorrências, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Em todo o país, as estradas federais registraram 1.254 acidentes, com 75 mortes e 941 feridos durante o feriadão. Nas varições percentuais, houve queda de 0,63% no índice de acidentes em relação ao mesmo período do ano passado e de 2,60% no total de mortes e acréscimo de 1,51% no total de feridos. Na operação do ano passado foram registrados 1.262 acidentes, 927 feridos e 77 mortes.

No Rio de Janeiro, o número de mortos aumentou 80% durante o feriadão, comparado ao mesmo período no ano passado. De acordo com André Luiz Azevedo, inspetor da Polícia Rodoviária Federal, foram registrados 146 acidentes, 105 feridos e 12 mortos entre a sexta-feira e a meia-noite de terça. Em 2006 foram 143 acidentes com 97 feridos e sete mortos em três dias de feriado. Segundo o inspetor da PRF, além da chuva, o aumento do número de acidentes pode também ser explicado pela imprudência nos motoristas.

Em São Paulo , foram registrados 1.030 acidentes, com 649 vítimas e 45 mortes no período. No mesmo feriado em 2006, foram 682 acidentes, com 504 pessoas feridas e 36 mortes.

Já em Minas Gerais, nove pessoas morreram e 168 ficaram feridas em um total de 246 acidentes. Em 2006, foram 181 acidentes e 17 mortes. O estado tem a maior malha rodoviária federal do país. Já o número de feridos aumentou em 2007: 168 contra 143 no ano passado. nas estradas estaduais, foram 56 acidentes, com duas pessoas mortes e 31 feridos. No ano passado, foram 46 acidentes, com 32 feridos e duas mortes.

No Paraná, foram registradas dez mortes nas rodovias que cortam o estado. Segundo a polícia rodoviária, o número de acidentes cresceu 20%, na comparação com o ano passado. Foram contabilizados 312 acidentes, contra 259 em 2006. O número de feridos ficou em 274.

A PRF informa que, em função de problemas nos computadores, não foi possível refinar as estatísticas por estado mais e menos violentos e os dias mais críticos. A PRF elevou o estado de alerta na malha federal entre zero hora de sábado e meia-noite de terça-feira. Ao longo dos quatro dias da operação, foram fiscalizados 83.807 veículos e autuados 14.907.

Acidente com morte custa R$ 500 mil ao país, mostra levantamento

No Brasil, cada acidente com morte custa R$ 500 mil, segundo a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP). O levantamento leva em conta o gasto com médicos e hospitais; perda de produção com o afastamento do trabalho; o prejuízo com os veículos; o seguro; o patrimônio público que é danificado, como postes e placas; e a mobilização de policiais e equipes de resgate.

- Esse gasto, com certeza, é um dinheiro que é jogado fora, é um dinheiro que poderia estar sendo empregado. Não é um investimento, não é uma capacitação, é um dinheiro desperdiçado, literalmente - observa o superintendente da ANTP, Marcos Bicalho.

A BR-381 - que liga São Paulo a Vitória, no Espírito Santo, e leva o nome de Fernão Dias no trecho até Belo Horizonte - é, segundo as estatísticas, a rodovia mais perigosa do país. Em apenas um ano, a cada quilômetro houve oito acidentes. A cada dois quilômetros, uma pessoa morreu. No Brasil, a cada cem atropelamentos, 29 pessoas morrem. Só as colisões frontais são piores: 33 mortes a cada 100 batidas.

Segundo o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o custo anual dos acidentes é 35 vezes superior à quantia gasta pela União em sete anos em ações voltadas à prevenção de acidentes e segurança nas rodovias. Uma outra pesquisa mostra que a maioria dos acidentes acontece contra obstáculos parados e em dias sem chuva. Ou seja, ainda é uma questão de falta atenção e imprudência para muitos motoristas.

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