• Carregando...

Depois de ser acusado de afrontar a independência o Conselho de Ética na semana passada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMSB-RJ), abriu a reunião de líderes desta terça-feira avisando que só vai começar as votações em plenário depois que o órgão encerrar sua sessão onde está sendo lido o parecer pela abertura de investigação contra Cunha. O presidente, no entanto, pressiona os partidos da base aliada para que garantam o quórum na sessão plenária.

A decisão foi tomada em almoço de Cunha com parte dos líderes da base que o apoiam. Eles avaliaram que é preciso vencer a obstrução anunciada por partidos de posição para não passar para a opinião pública a impressão de que a oposição obteve uma vitória sobre a ele. Líderes que participaram do almoço deixaram claro a Cunha que não irão interferir no Conselho de Ética, trocando membros ou pedindo para que votem a favor dele. “Ninguém bota rédea no Conselho de Ética, não tem substituição, cada um vota conforme sua consciência”, disse um líder aliado de Cunha.

Apesar dos líderes de partidos de oposição terem anunciado logo no início do encontro que não participarão mais desse tipo de reunião e que farão obstrução cerrada em plenário enquanto Cunha presidir e Casa, líderes da base deixaram claro que se empenharão para garantir o quórum. Segundo eles, a questão política não pode atrapalhar os interesses do país e impedir a votação de matérias importantes. “Vamos votar, as votações interessam ao país”, disse o vice-líder do PC do B, Daniel Almeida (BA). “A base vai dar quórum, não vamos misturar política com a agenda que o país precisa”, acrescentou o líder do PR, Mauricio Quintella Lessa (AL).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]