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Serraglio, presidente estadual do PMDB, nega que haja perseguição política e diz que cumpriu resolução do partido | Gustavo Lima/Ag. Câmara
Serraglio, presidente estadual do PMDB, nega que haja perseguição política e diz que cumpriu resolução do partido| Foto: Gustavo Lima/Ag. Câmara

Dissolvidos

Veja quais diretórios municipais serão dissolvidos pelo PMDB estadual:

• Arapoti

• Bituruna

• Cantagalo

• Coronel Domingos Soares

• Cruzmaltina

• Curitiba

• Diamante do Sul

• Engenheiro Beltrão

• Fernandes Pinheiro

• Figueira

• Floraí

• Flórida

• Foz do Iguaçu

• Imbaú

• Imbituva

• Indianópolis

• Itambé

• Marialva

• Morretes

• Nova Cantu

• Ourizona

• Piraquara

• Presidente Castelo Branco

• São João do Caiuá

• Terra Rica

O PMDB mudou o critério para intervir nos diretórios municipais do Paraná. Em uma reunião da Executiva estadual na segunda-feira, o partido decidiu dissolver apenas os comandos das cidades em que não houve convenção depois das eleições do ano passado – entre aqueles que se enquadravam nos critérios anunciados na semana passada. Pela decisão, o número de diretórios que foram destituídos caiu de 72 para 25. O diretório de Curitiba, que era comandado pelo senador Roberto Requião (PMDB), e a cúpula peemedebista de Foz do Iguaçu não foram poupados e continuam destituídos pela direção estadual. O diretório de Cascavel foi um dos que conseguiu ser restabelecido.

Na segunda-feira da semana passada, o PMDB estadual anunciou a dissolução de todos os diretórios de municípios que não tiveram um desempenho considerado satisfatório nas eleições. Pelos critérios, para não serem dissolvidos, o partido precisaria ter eleito pelo menos 10% dos vereadores do município, um prefeito ou vice-prefeito. Por esses critérios, haveria intervenção em 72 municípios.

O presidente do PMDB no Paraná, o deputado federal Osmar Serraglio, não detalhou os motivos de a direção estadual ter voltado atrás na dissolução da maioria dos diretórios. Explicou apenas que quem realizou convenções para eleger uma nova direção depois das eleições não será punido. Isso vale mesmo para municípios que reelegeram seus dirigentes.

Luta interna

A intervenção nos diretórios municipais é mais um capítulo da luta interna do PMDB paranaense. Com o apoio de setores do partido ao governador Beto Richa (PSDB), três facções se formaram na última convenção estadual: a dos deputados estaduais (tendentes a se aliar com Richa), a do ex-governador Orlando Pessuti (que estaria mais alinhado à ministra petista Gleisi Hoffmann) e a de Requião (que também pretende disputar o Palácio Iguaçu em 2014). As duas primeiras se aliaram e elegeram Serraglio como presidente estadual do partido. Hoje contam com a maioria da Executiva.

O grupo ligado a Requião enxerga na intervenção uma manobra para reduzir seu poder nos municípios e neutralizar as aspirações do senador para o ano que vem. "Nós temos convenções marcadas para o início de julho. Ao invés de esperarem, vão dissolver. É uma manobra do Pessuti e do Serraglio contra o Requião", afirma o deputado federal João Arruda (PMDB). "Eles tiveram que recuar porque causaram uma verdadeira rebelião no interior."

Arruda diz que deve entrar na Justiça contra a decisão, em conjunto com outros filiados. Foi feito ainda um pedido para que o PMDB nacional intervenha na disputa paranaense. Ele afirma ainda que existe a possibilidade de o diretório de Curitiba adiantar a convenção para "driblar" a intervenção da executiva estadual.

Serraglio nega que tenha havido caráter de perseguição política na decisão. De acordo com ele, a dissolução foi baseada em uma resolução de abril de 2012. "Essa decisão é anterior à nossa gestão. Foram eles que fizeram a norma, e não nós."

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