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Gestão Fruet argumenta, oficialmente, que a mão de obra cedida ao governo está fazendo falta. | Antônio More/Gazeta do Povo
Gestão Fruet argumenta, oficialmente, que a mão de obra cedida ao governo está fazendo falta.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A prefeitura de Curitiba pediu a devolução de 21 funcionários cedidos ao governo do Paraná. Em tese, o Executivo municipal não teria custo com esses servidores, já que o governo estadual assume o compromisso de pagar os salários. No ofício enviado pelo município ao chefe da Casa Civil do governo, Eduardo Sciarra (PSD), a alegação é de que o ressarcimento dos salários não estaria ocorrendo. O governo nega a falta de pagamento e diz que tudo não passa de um mal entendido.

O ofício enviado pelo município é assinado pelo secretário de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi. Nele, a prefeitura afirma que prorrogou por mais um mês a cessão dos funcionários a partir de 15 de maio. Mas diz que todos deverão estar de volta a seus postos na prefeitura no dia 15 deste mês. Como justificativa, alega que o município está “sem o devido ressarcimento” pelos funcionários.

Esses não são os únicos servidores cedidos pela prefeitura ao governo. No total, são 83 casos de empréstimo de funcionários. Portanto, mesmo que os 21 voltem, continuará havendo 62 trabalhadores cedidos.

A prefeitura diz no mesmo ofício que o governo tem apenas nove servidores cedidos para o Executivo municipal. Extraoficialmente, a prefeitura afirma que a relação é “desigual”, mas oficialmente alega que só está solicitando os servidores porque a mão de obra está fazendo falta.

O que diz o governo

No governo, a informação é de que os ressarcimentos foram feitos e que talvez a prefeitura “só não tenha identificado” os depósitos. Sendo assim, o governo acredita que não precisará devolver por enquanto os funcionários, já que o ofício vinculava a devolução à falta de pagamento.

Assim, na versão do Palácio Iguaçu, se quiser reaver os servidores, a equipe de Gustavo Fruet (PDT) precisará apresentar novo documento com outra justificativa.

Nos dois lados, porém, o discurso é de que a discussão sobre a devolução ou não dos servidores é uma questão meramente administrativa e financeira, e que não refletiria qualquer disputa política entre os grupos de Richa e Fruet.

Os dois, que já foram correligionários, estão em lados opostos desde 2012, quando Fruet venceu a eleição para a prefeitura contra o candidato de Richa, o ex-prefeito Luciano Ducci (PSB).

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