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A manifestação convocada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e por nove entidades ligadas a movimentos sociais, como MST e UNE, promete atingir 24 capitais do país nesta sexta-feira (13).

Passeatas e protestos estão marcados a partir das 8h, com o objetivo de defender direitos trabalhistas, a Petrobras, a democracia e a reforma política (contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais).

Nos bastidores, entretanto, o ato é chamado de “Blinda Dilma” --porque vai ocorrer dois dias antes de manifestações organizadas pelo Movimento Brasil Livre que tem, entre um dos pontos de sua pauta, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No dia 15 também haverá protestos do movimento Vem Pra Rua, que acha que ainda não há elementos para a saída da presidente. “Não é um ato nem a favor nem contra o governo”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Só não achamos que se justifique, em um governo com 69 dias de existência e que não ocorreu nada, um pedido de impeachment.”

Segundo Freitas, o ato da CUT estava previsto para ocorrer no final de fevereiro e foi adiado para março por causa de outros eventos, como o Carnaval.

A manifestação da central tem como meta “fazer frente aos ataques especulativos e políticos que recaem sobre a Petrobras, reiterar a necessidade de derrubar as medidas provisórias 664 e 665, que restringem direitos trabalhistas como seguro-desemprego e auxílio-doença, já em vigor, e para defender a democracia”.

Cinco centrais sindicais apoiam o ato: CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Nova Central Sindical e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros). Mas somente parte delas irá às ruas na sexta-feira, segundo a reportagem apurou.

Estabilidade

“Queremos reunir 40 mil pessoas no ato de São Paulo e 100 mil no Brasil”, disse o presidente da CTB, Adílson Araújo, que promete levar trabalhadores de várias categorias às manifestações marcadas para 23 Estados e Distrito Federal. “O ato nasceu da necessidade de defender a democracia em um momento de instabilidade política”, completou o sindicalista.

Em São Paulo, os manifestantes devem se concentrar --a partir de 16h em frente à sede da Petrobras, na avenida Paulista, e seguir em passeata até a praça da República, na região central da cidade.

De acordo com a CUT, o dia 13 foi escolhido porque nessa data já estavam previstas manifestações de categorias profissionais como petroleiros, representados pela FUP (Federação Única dos Petroleiros, uma das entidades que apoia o movimento), e professores estaduais de São Paulo.

“Se existe descontamento com o governo, é legítimo que se manifeste isso nas ruas. Que bom que temos liberdade democrática”, afirmou Freitas.

“Vamos às ruas no dia 13 para deixar claro que a proposta que venceu as eleições é a que tem de ser implementada. Não há terceiro turno, e a eleição se encerrou. Quem quiser implementar uma pauta conservadora, que espere 2018 e tente vencer as eleições,” completou Freitas.

A UGT orientou que se alguém quiser participar do ato do dia 15, contra o governo, não tem autorização para usar camisetas ou bandeiras com logotipo da central.

“Nos valorizamos a governabilidade. A vontade das urnas deve ser respeitada”, disse Ricardo Patah, presidente da central.

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