De saída

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André Zacharow, que respondia pelo escritório de representação do Paraná em Brasília, foi exonerado ontem do cargo. O novo secretário especial só será definido quando o governador Roberto Requião voltar do giro por Dubai e Japão. Zacharow deve ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados. Com a efetivação do deputado federal Marcelo Almeida (primeiro suplente do PMDB) no lugar de Max Rosenmann – morto no último sábado –, Zacharow (segundo suplente) ficará com a vaga de Reinhold Stephanes, enquanto ele continuar à frente do Ministério da Agricultura.

Paulinho

O Conselho de Ética da Câmara vai concluir as investigações sobre o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) no início de dezembro sem ouvir as principais testemunhas do processo em que o parlamentar é acusado de quebra de decoro por suposto envolvimento em um esquema de fraudes no BNDES.

Sonho não acabou

Políticos próximos a Aécio Neves (PSDB), governador de Minas Gerais, garantem que o sonho de ver o mineiro candidato a presidente da República em 2010 não acabou. Ao ver Márcio Lacerda (PSB) eleito em Belo Horizonte, Aécio trouxe para seu lado políticos do peso como o deputado federal Ciro Gomes e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Os dois do PSB e aliados do presidente Lula. Para os mineiros, o jogo pode apresentar surpresas até 2010, uma vez que Aécio agregaria mais apoios do que José Serra, governador de São Paulo.

Limpar o caminho

A três semanas do prazo vital para o banqueiro Daniel Dantas, réu em ação penal por suposto crime de corrupção ativa, seus advogados planejam ofensiva cerrada nos tribunais superiores em busca de objetivo ousado: tirar do caminho o juiz Fausto Martin De Sanctis, a quem fustigam com argüição de suspeição – procedimento que visa a afastar o magistrado da causa. De Sanctis dirige o processo contra o fundador do Grupo Opportunity. A defesa de Dantas acusa o magistrado de parcialidade e precipitação.

Sabatina

O líder do governo na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), está finalizando os preparativos para a apresentação dos técnicos da Secretaria da Fazenda na primeira audiência pública para discutir o projeto que muda as alíquotas de ICMS no Paraná.

A audiência está marcada para amanhã em Cascavel e reunirá empresários, comerciantes e lideranças comunitárias. O projeto do governo prevê a diminuição da alíquota de ICMS de 95 mil itens e o aumento do imposto dos combustíveis, energia elétrica, telefone, bebida e cigarros.

Pela internet

Simpatizantes do deputado Fernando Gabeira, candidato derrotado do PV à prefeitura do Rio, estão usando a internet, instrumento estimulado por ele durante a campanha, para organizar um protesto, amanhã, contra o resultado da eleição. Gabeira perdeu para Paes por apenas 55 mil votos, num segundo turno marcado pela campanha negativa de panfletos apócrifos e flagrantes de boca-de-urna.

Lula promete agir

O presidente Lula está disposto a intervir na disputa entre PT e PMDB pela presidência do Senado caso os dois partidos insistam em lançar candidatos próprios nas eleições que vão definir a Mesa Diretora da Casa. A interlocutores Lula sinalizou que pode dar a palavra final sobre o candidato governista para evitar que o impasse dentro da base aliada se torne mais acirrado.

Sem perder tempo

Enquanto o prefeito eleito de Londrina, Antonio Belinati – cassado pelo TSE –, discursava na Assembléia, o vice, Fernando Nicolau, estava em Brasília. Ele aproveitou a reunião da bancada federal do Paraná para pedir recursos para a construção de um hospital em Londrina. "Não estamos perdendo tempo, tive a oportunidade de me encontrar com os deputados paranaenses e tenho certeza de que a vontade da maioria dos londrinenses será respeitada."

Pinga-fogo

"A União, convidada a alinhar-se com o Ministério Público, preferiu assumir postura que beneficia os torturadores."

Trecho da nota divulgada ontem pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que criticou o parecer da Advocacia-Geral da União, que considera que estão perdoados, pela Lei da Anistia (1979), os crimes de tortura cometidos durante o regime militar (1964–1985).