"Rompido" com o PSDB do Paraná desde a eleição para o governo do estado em 2010, o senador Alvaro Dias (foto) reuniu-se ontem com a bancada de deputados estaduais da legenda, em Curitiba, para tratar do pleito do ano que vem. Na oportunidade, Alvaro expôs o desejo de disputar a reeleição ao Senado e ouviu que terá o apoio integral do partido no estado. Questionado pela reportagem se teria problemas em subir no palanque do governador Beto Richa (PSDB), com quem não se bica há quase três anos, o senador disse não haver outra alternativa. "É fácil localizar onde eu estou: o PT de um lado e eu do outro. E quem se opõe ao PT no estado é o PSDB", afirmou. Já sobre uma eventual disputa com o irmão Osmar Dias (PDT), que também é pré-candidato ao Senado, Alvaro reafirmou que não considera a hipótese de disputar qualquer eleição contra ele.
Promessa
A secretária de Estado da Justiça, Maria Teresa Uille Gomes, se comprometeu ontem na Assembleia Legislativa a zerar a superlotação prisional no Paraná até o fim da gestão Beto Richa, em dezembro do ano que vem. Segundo ela, desde o início do governo, esse número já caiu de 11.718 presos para 4.445. A intenção é atingir a meta com a implantação de tornozeleiras de monitoramento, mutirões carcerários para garantir benefícios a quem tem direito, além da reforma de presídios e da contratação de agentes.
Vaga no TJ
O Tribunal de Justiça do Paraná recebeu ontem as listas tríplices dos concorrentes ao cargo de desembargador pelas vagas do quinto constitucional reservadas a advogados, promotores e procuradores. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) indicou Octávio Campos Fischer, Ramon de Medeiros Nogueira e Munir Abbage. Já o MP relacionou Clayton de Albuquerque Maranhão e Alberto Vellozo Machado, procuradores, e Guilherme Freire de Barros Teixeira, promotor..
Reivindicação
Para atender ao Estatuto da Igualdade Racial, de julho de 2010, o governo do Paraná enviou ontem à Assembleia Legislativa projeto de lei para criar o Conselho Estadual de Promoção e Igualdade Racial. O objetivo do Executivo é garantir a aplicação de "políticas de ação afirmativa e inclusão de políticas públicas", consideradas "fundamentais para a elaboração e construção da igualdade racial no país".
Críticas
Em entrevista ao programa "Canal Livre", da TV Bandeirantes, no último domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a postura do governo federal e do Congresso diante da recente onda de protestos. Para ele, todas as discussões se fecharam dentro do Palácio do Planalto, o que fez com que aumentasse o desprestígio das instituições públicas frente aos brasileiros. "Houve um encolhimento da agenda nacional", disse.
Pré-reunião
A presidente Dilma Rousseff (PT) convocou um grupo restrito de governadores para uma conversa que antecedeu a reunião que aconteceu ontem no Palácio do Planalto. Os tucanos Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Antonio Anastasia, de Minas Gerais, foram chamados ao palácio meia hora antes da reunião oficial. O governador de Pernambuco e possível candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), também integrava o grupo.
Pinga-fogo
"O que lamento é que estamos há dez dias com o povo na rua, o Executivo se reunindo, e aqui no Congresso, a instituição mais cobrada, não se faz reunião de emergência com os líderes, não se chama as direções da Câmara e do Senado para discutir. O Congresso tem que dar respostas."
Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado.
Colaboraram: Euclides Lucas Garcia e Chico Marés.
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