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Quase não houve espaço para a cordialidade no último debate entre os dois candidatos a prefeito que disputam o segundo turno em Ponta Grossa (CamposGerais). O encontro entre Péricles de Holleben Mello (PT) e Marcelo Rangel(PPS), que também são deputados estaduais, foi promovido pela RPCTV PontaGrossa e exibido na noite desta sexta-feira (26). As discussões entre ambos seacaloraram logo começo e o debate de quase uma hora permaneceu "quente" até ofinal.

Na maior parte das perguntas que dirigiu ao oponente, o candidato do PPS aproveitou para fazer críticas duras e pontuais à gestão de Péricles na Prefeitura de Ponta Grossa entre os anos de 2001 e 2004. Mesmo passando boaparte no debate se defendendo das provocações de Rangel, o candidato do PTtambém criticou algumas propostas e a conduta do pepessista como deputadoestadual.

A discussão ficou ainda mais agitada no fim do primeiro bloco, em que os temaseram livres. Ao debaterem sobre a questão do atendimento da saúde infantil narede pública municipal, Rangel criticou o fato de Péricles, enquanto prefeito,ter fechado uma maternidade da cidade. O petista classificou a atitude deRangel como um "jogo" e admitiu que fechou o estabelecimento porque ele nãoapresentava as condições necessárias para o funcionamento.

No segundo bloco, desta vez com temas determinados por sorteio, a disputa deideias se acirrou novamente quando o assunto foi funcionalismo público. Rangelalegou que Péricles ficou devendo compromissos trabalhistas e o recebimento do13º salário no final do mandato do PT na Prefeitura da cidade. Périclesreconheceu que enfrentou esses problemas, mas também afirmou que fez de tudopara minimizá-los.

Ainda no segundo bloco, o candidato do PPS criticou o que, segundo ele, foi a"terceirização" da saúde pública no governo de Péricles. Mais uma vez, ocandidato do PT teve de se defender e afirmou que utilizou, sim, os serviços deuma empresa para agilizar a contratação das agentes comunitárias de saúde quandoda implantação do Programa Saúde da Família (PSF) na cidade. No entanto, segundoele, a empresa teve uma atuação temporária.

No mesmo bloco, Péricles criticou o fato de Rangel ter votado, na AssembleiaLegislativa do Estado do Paraná (Alep), a favor do chamado "tarifaço", queaumentou algumas taxas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em mais de200%. Péricles votou contra a mesma proposta. Rangel se defendeu dizendo que temorgulho de todos os seus posicionamentos em votações na Alep e que participoudas votações que considera "as mais importantes" realizadas na Casa desde quefoi eleito pela primeira vez, há seis anos.

Assim como em debates anteriores, Rangel voltou a criticar o fato de o contratocom a atual empresa de transporte coletivo de Ponta Grossa, a Viação CamposGerais (VCG), que detém o monopólio do serviço na cidade, ter sido renovado nagestão do PT. Péricles respondeu que a escolha da empresa se deu através delicitação e que a VCG foi a única ganhadora da concorrência.

Ele também criticou a propostas do adversário de asfaltar 4 mil quadras (cercade 250 km) de ruas da cidade, alegando que a Prefeitura não terá recursossuficientes no orçamento para executar a obra. Rangel defendeu a proposta eainda sustentou a opinião de que Péricles, quando prefeito, não deu prioridadeà pavimentação de ruas. O clima só se amenizou nos últimos três minutos,dedicados às considerações finais dos candidatos.

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