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Legislativo paranaense

Decisão pode causar complicações jurídicas

Após três semanas, o acordo entre a Alep e a Secretaria da Justiça foi assinado | Nani Gois/Alep
Após três semanas, o acordo entre a Alep e a Secretaria da Justiça foi assinado (Foto: Nani Gois/Alep)

Apresentado pela direção da Assembleia como um problema de difícil solução, o caso dos servidores supostamente sem função deve gerar complicações jurídicas para o Legislativo. É que a Casa terá de provar que não precisa mesmo dos funcionários que está dispensando, sob pena de ser responsabilizada por uma decisão não fundamentada.

O professor de Direito Ad­­­mi­­­nistrativo Egon Bockmann Mo­­­reira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que vários passos devem ser seguidos antes de cravar que um funcionário efetivo – com estabilidade funcional – não é mais necessário. Segundo Moreira, é preciso comprovar que não há função a ser desempenhada e estabelecer critérios que apontam porque um determinado servidor, e não o que sentava ao lado dele no setor, é que não tem mais serventia. Também é essencial tentar remanejar o funcionário para outra área dentro do mesmo órgão público. Se também não for possível, deve ser oferecida a possibilidade de um plano de demissão voluntária.

Doutor em Direito Adminis­­­trativo, o juiz Luis Manoel Fonseca Pires, que atua em São Paulo, também defende a apresentação de critérios objetivos para definir a falta de necessidade dos funcionários. A decisão de ceder servidores para outros órgãos, pondera Pires, é usual, mas precisa estar calçada na concordância dos funcionários. "O servidor não pode ser mandado para um órgão para o qual ele não fez concurso", alega.

O advogado do Sindilegis, Emerson Fukushima, pretende pedir explicações sobre as justificativas que estabeleceram o afastamento de cada um dos servidores e os critérios que definiram quais não eram mais necessários. O Sindilegis apresentou no dia 22 de março uma denúncia ao Mi­­nistério Público de que vários funcionários estavam sendo tratados de forma vexatória e eram alvo de perseguições. A promotoria pediu explicações para a Assembleia.

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