Defesa de Suzane vai tentar absolvê-la pela morte do pai

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O advogado de Suzane Richthofen, Mauro Nacif, afirmou na noite desta segunda-feira que a defesa da jovem entrará, na próxima quarta-feira, com um pedido de hábeas-corpus no tribunal de Justiça de São Paulo pedindo a absolvição da ré pelo assassinato do pai dela, Manfred Richthofen. Suzane foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão pelas mortes de Manfred e da mãe, Marísia.

- A defesa entendeu que o juiz fez um trabalho brilhante, mas que as respostas dos jurados às perguntas sobre a morte de Manfred ocasionaram a absolvição, e não a condenação. Na morte da mãe houve a condenação, sem nenhuma dúvida - disse Nacif.

Ele disse que vai basear sua argumentação nas respostas dadas pelos jurados às perguntas elaborados e feitas pelo juiz Alberto Anderson Filho.

- Eu achei boa as perguntas. O juiz foi inteligente e competente, mas na minha avaliação as respostas levam à absolvição dela na morte do Manfred - disse Nacif.

Segundo ele, a primeira pergunta feita aos jurados, sobre o assassinato de Manfred, era se eles achavam que Suzane estava dominada por Daniel. O sim venceu por 4 X 3.

- Ou seja, nesse quesito os jurados ficaram ao lado da defesa, porque a promotoria entendia que ela não estava dominada - disse o advogado.

Na segunda pergunta, foi perguntado aos jurados se a dominação que Suzane sofria era insuportável. Também ganhou o sim por 4 X 3.

Na terceira pergunta, disse Nacif, foi feita uma pergunta sobre a conduta dela. Foi a ré levada diante de tal violência, por não dispor de outra alternativa, a agir como agiu? O não venceu por 5 X 2. Na interpretação do advogado, a resposta não neste quesito absolve Suzane e não a condena.

- É uma questão muito complexa. Os jurados não entenderam essa questão. Para mim a vitória do não aqui absolve Suzane - explica Nacif, sem entrar em detalhes.

O advogado afirmou que o TJ deve levar entre um mês e um mês e meio para analisar o hábeas-corpus. Em caso da Justiça aceitá-lo, Suzane seria condenada apenas a 19 anos.

- Ela já cumpriu quase três anos da pena. O equivalente a 1/6 dos 19 anos que ela teria que cumprir em regime fechado, caso seja absolvida da morte do manfred, seriam 3 anos, 1 mês e 16 dias. Portanto, eu poderia pedir a ela o regime semi-aberto em alguns meses. E para mulher é diferente dos homens. O juiz acabaria dando uma prisão domiciliar - prevê Nacif.