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Além de tentar o adiamento do júri, a defesa da ex-universitária Suzane von Richthofen tem outro objetivo. Os advogados não querem que ela seja julgada junto com os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos. Segundo o advogado Mário de Oliveira Filho, o julgamento será desmembrado porque as defesas são conflitantes - os réus se acusam mutuamente. Além de uma petição para que o julgamento ocorra separadamente, o advogado afirma que a defesa de Suzane pode divergir da defesa dos irmãos Cravinhos na escolha do jurados para provocar a cisão. O procedimento ocorre na hora do julgamento. Depois disso, o promotor escolhe quem vai julgar naquele dia. Pelas normas processuais, deveriam ser os Cravinhos, que são os executores do crime, estão presos e são os primeiros nomeados na denúncia.

Especialistas garantem que a intenção dos defensores de Suzane é que ela seja julgada primeiro. Isso aumentaria as chances de uma absolvição, baseada na alegação que ela teria sido coagida para cometer o crime. Se for julgada depois de Cristian e Daniel, pode pesar contra ela, a condenação deles e o argumento dos irmãos de que Suzane arquitetou todo o crime.

O advogado Geraldo Jabur, que defende Cristian e Daniel, já afirmou que não quer a separação dos julgamentos. Ele não explica o por quê, mas com os três réus juntos certamente fica mais fácil para ele apontar diferenças no tratamento dado aos acusados. Ele afirmou que caso não seja concedida a prisão domiciliar, também poderá pedir o adiamento do júri.

Suzane conseguiu hábeas-corpus do Supremo Tribunal Federal para aguardar o julgamento em liberdade em meados do ano passado. O benefício só foi estendido aos irmãos depois de cinco meses. Eles voltaram para a prisão quarenta dias depois, após concederem entrevista para uma rádio paulista revelando novos detalhes do crime. Suzane foi presa novamente em abril deste ano, também depois de uma entrevista em que aparece sendo orientada pelos advogados a chorar. Nesta segunda-feira, ela foi novamente beneficiada pela Justiça com a prisão domiciliar. Os irmãos Cravinhos continuam presos.

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