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Ex-inspetor regional de fiscalização da Delegacia da Receita Estadual em Londrina Luiz Antônio de Souza assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público | Roberto Custodio/Jornal de Londrina
Ex-inspetor regional de fiscalização da Delegacia da Receita Estadual em Londrina Luiz Antônio de Souza assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público| Foto: Roberto Custodio/Jornal de Londrina

Os auditores fiscais envolvidos no suposto esquema de cobrança de propina para favorecer a sonegação de impostos tinham uma sala, num prédio comercial, na rua Alagoas, em Londrina, para fazer reuniões e guardar dinheiro recebido como pagamento de propina.

A informação sobre a “sala da propina” aparece nos depoimentos do ex-inspetor regional de fiscalização da Delegacia da Receita Estadual em Londrina, Luiz Antônio de Souza. Ele fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público e está colaborando com as investigações. Souza está repassando as informações há duas semanas e já gravou 28 horas de depoimento com as suas declarações. A revelação mais forte é a de que os fiscais arrecadaram R$ 2 milhões em propina para a campanha do governador Beto Richa (PSDB) à reeleição, no ano passado.

Segundo Souza, apesar da sala estar registrada no nome dele, na realidade, ela pertenceria a outro fiscal, Milton Digiacomo, que no ano passado disputou uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo PSB, partido que fazia parte da coligação que apoiou a reeleição de Beto Richa. A reportagem procurou Digiacomo agora à tarde, mas segundo funcionários da Delegacia, ele não apareceu na sede do órgão hoje. Pela manhã, antes de veicular reportagem no Paraná TV Primeira Edição, a RPC foi à Delegacia da Receita Estadual, na rua Pará, mas não conseguiu localizar o auditor.

Penúltimo foragido da Operação Publicano se apresenta à Justiça

O auditor fiscal Miguel Arcanjo Dias, um dos 15 que foram denunciados pelo Ministério Público por conta da Operação Publicano, se apresentou nesta segunda-feira (18) à Justiça. Ele estava com a prisão preventiva decretada desde o dia 27 de março e está respondendo internamente, na Receita Estadual, por abandono de emprego, já que se ausentou por mais de 30 dias do trabalho, por estar foragido. De acordo com o advogado dele, Eduardo Duarte Ferreira, Arcanjo Dias se apresentou no cartório da 3ª Vara Criminal de Londrina.

Arcanjo Dias é o penúltimo dos investigados da Operação Publicano que estava foragido. A única foragida agora é Ana Paula Lima. Ela é esposa de Márcio de Albuquerque Lima, que é considerado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) como o “líder” do grupo de auditores fiscais suspeitos de cobrar propina de empresários para facilitar a sonegação fiscal.

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