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Durval Barbosa(esq.) acusa Agnelo Queiroz de ter acionado a Polícia Federal para investigar governo do DEM | Marcello Casal Jr./AB e Antonio Cruz/ABr
Durval Barbosa(esq.) acusa Agnelo Queiroz de ter acionado a Polícia Federal para investigar governo do DEM| Foto: Marcello Casal Jr./AB e Antonio Cruz/ABr

O delegado aposentado Durval Barbosa, que denunciou o esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM de Brasília, fez novas acusações. Desta vez contra o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Em entrevista publicada na revista Veja desta semana, Durval disse que o diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Onofre Moraes, teria oferecido R$ 150 mil a um intermediário dele em troca de seu silêncio sobre o suposto envolvimento de petistas na divulgação das denúncias que derrubaram o então governador José Roberto Arruda, em 2009, Arruda, à época no DEM, era pré-candidato à reeleição.

Segundo a a suspeita que a re­­vis­­ta levanta, Agnelo teria feito lobby para que autoridades do governo federal, comandado pelo PT, abrissem a investigação contra Arruda – tudo com objetivo eleitoral.

Durval, que era parte do esquema de desvio de dinheiro e fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público, contou à revista que mostrou a Agnelo, em 2009, o vídeo em que Arruda recebe um maço de dinheiro, antes de ser eleito, e que posteriormente custou o mandato do governador. Segundo a Veja, Durval diz que Agnelo vi­­brou ao ver as imagens e lhe ofereceu uma secretaria no futuro go­­ver­­no, caso o vídeo derrubasse Arruda e ele fosse eleito em 2010. Ag­­nelo venceu a eleição, mas Dur­val não foi nomeado secretário.

Ainda segundo Durval, Agnelo teria deixado o encontro de 2009 levando amostra do material, com o compromisso de acionar a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal para investigar o caso. As duas instituições entraram na investigação, mas não há provas de que isso tenha ocorrido em função de um pedido ou lobby de Agnelo. Desse kit, fariam parte dois CDs com áudios de conversas de dois funcionários do então vice-governador Paulo Octávio, supostamente negociando propinas com empresários. Com a queda de Arruda, Paulo Octávio virou governador e, após alguns dias, renunciou.

Outro lado

À revista Veja, Agnelo disse que se limitou a assistir aos vídeos mostrados por Durval na ocasião. Em nota oficial, porém, o governo do Distrito Federal disse que as declarações de Durval são mentirosas. "Inconformado com a perda de benefícios e privilégios que tinha nos governos passados, esta pessoa envolvida no centro da bandidagem que foi alvo das denúncias (...) tenta voltar à cena com mentiras", diz o texto. "Uma das medidas que o desagradou foi a retirada de todo o aparato policial, de carros e policiais, que de maneira informal trabalhava para ele".

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