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O presidente da CPI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), fez duras críticas nesta terça-feira à direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que estaria atrasando o envio de documentos ou enviando dados incompletos ou errados, o que dificulta o andamento das investigações. Delcidio ameaçou, inclusive, pedir o afastamento da direção da estatal. Segundo ele, não há justificativa para o atraso no envio de documentos e para o envio de números que induzem a erros, principalmente em relação a despesas e receitas e agências franqueadas.

- A CPI pode encarar como uma desobediência e pedir o afastamento da direção dos Correios. É lamentável e a CPI não admite esse tipo de comportamento - afirmou Delcidio, um pouco antes do início do depoimento de Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular do Brasil.

Depois de ouvir críticas dos parlamentares sobre o andamento dos trabalhos da comissão, Delcidio disse que os focos da CPI são os Correios, os contratos de Marcos Valério e os fundos de pensão. Observou que essas investigações passam pelas tradings, pelo dinheiro no exterior e outras questões. Afirmou que tem responsabilidade na condução dos trabalhos e que, se não há acordo, as propostas são votadas.

- Não podemos ser maniqueístas. Temos compromisso com a opinião pública. Essa CPI vai trazer resultados. Não estou preocupado se algumas CPIs têm mais audiências do que a CPI dos Correios. Estou preocupado com resultados - afirmou Delcídio, observando ainda que uma CPI não pode estar preocupada somente com holofotes.

O relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), também criticou os parlamentares. Ele disse que hoje há uma luta das três CPIs - dos Correios, dos Bingos e do Mensalão - por visibilidade, para serem o foco da atenção da opinião pública. Observou que a CPI pode não estar ocupando o espaço que ocupava anteriormente, mas que o colegiado deve satisfazer a população com a conclusão de seus trabalhos.

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