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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), vai conversar com os sub-relatores para tentar encerrar os trabalhos da comissão até 15 de março. Os trabalhos da CPI foram prorrogados, no ano passado, até a primeira quinzena de abril.

Nesta quarta, durante um jantar, o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), teria comunicado a Delcídio que tem intenção de apresentar o relatório final por volta de 15 de março. O senador ressaltou, entretanto, que o encurtamento dos trabalhos da CPI dependerá de uma conversa que vai ter com os sub-relatores Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), e Onyx Lorenzoni (PFL-RS). Delcídio explicou que o cronograma dessas sub-relatorias foi prejudicado porque ambas iniciaram os trabalhos depois das demais.

Delcídio afirmou que só depois de a CPI ter uma visão clara de todos os personagens envolvidos e ouvir especialistas de diversas áreas acerca de mecanismos de combate à corrupção será possível elaborar projetos de lei que criem uma legislação específica para crimes de lavagem de dinheiro e regras para o funcionamento do sistema de resseguros.

Na próxima segunda-feira, o presidente da CPI se reunirá com os auditores e técnicos que investigam os dados relativos aos fundos de pensão para montar um cronograma de trabalho. Já está certo, no entanto, que no início de março serão fechados os relatórios das sub-relatorias de Contratos, de Movimentações Financeiras e a da Brasil Resseguros SA (IRB).

- Vamos discutir com os deputados e senadores da CPI os textos definitivos das sub-relatorias - disse Delcídio.

Também na próxima semana será decidida a viagem de três parlamentares da comissão aos Estados Unidos para tentar conseguir os dados de contas de investigados abertas naquele país. Entre elas, estão contas bancárias do publicitário Duda Mendonça.

- Vamos montar a agenda (de contatos) na semana vem e enviar a comissão de três parlamentares - afirmou.

Quanto à revelação de novas movimentações financeiras que teriam sido feitas por Duda Mendonça, o senador observou que é preciso "tomar cuidado com essas informações". Ele justificou o pedido de prudência argumentando que, antes de divulgar dados como esse, é necessário "separar o que é prestação de serviços efetivos e o que não seria proveniente disso".

O presidente da CPI dos Correios lembrou que a comissão tem seguido a "liturgia oficial", referindo-se aos trâmites legais previstos no acordo internacional que trata da cooperação jurídica entre os dois países. Agora, os parlamentares vão aos Estados Unidos apresentar diretamente às autoridades daquele país o compromisso do Congresso Nacional com o sigilo dos documentos eventualmente cedidos pelo governo americano.

O presidente da CPI disse ainda que a comissão poderá enviar ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, pedido de informações acerca dos motivos que o levaram a não informar o Conselho de Controle de Operações Financeiras (Coaf) sobre a existência de uma segunda conta do publicitário Duda Mendonça nos Estados Unidos.

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