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O delegado Luciano Inácio da Silva, que investiga o acidente com o avião da Gol, anunciou que vai encaminhar na segunda-feira ao juiz Tiago Souza Nogueira de Abreu, de Peixoto de Azevedo (MT), onde corre o processo na esfera estadual, o pedido de mais 30 dias para a conclusão do inquérito. Neste domingo o pior acidente aéreo da história do país completa um mês.

O delegado ainda não conseguiu ouvir os controladores de vôo que estavam na torre de Brasília, Manaus e São José dos Campos no dia do acidente. E ainda espera o resultado da análise das caixas-pretas dos dois aviões. Sem estas informações, avalia, não é possível chegar a conclusão alguma.

- Eles (Aeronáutica) já acharam o cilindro de voz e eu ainda não recebi as análises nem das primeiras caixas-pretas - disse o delegado. Silva afirmou que, a exemplo do delegado federal Renato Sayão, que também investiga o caso, vai recorrer à Justiça para obrigar a Aeronáutica a fornecer as informações contidas nos equipamentos.

Na terça-feira, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) negou acesso da PF às informações levantadas até agora. Em razão disto, Sayão recorreu ao juiz federal de Sinop (MT), Charles de Moraes.

Na terça-feira as equipes de resgate encontraram o cilindro de voz do Boeing 737-800 Gol, a última peça que faltava para reconstituir as circunstâncias do acidente. Através dela será possível ouvir os diálogos dentro da cabine no momento da colisão com o jatinho Legacy, da Embraer. Mas antes o equipamento ainda passará pela análise do laboratório do Transportation Safety Bord (TSB), no Canadá, o que deverá atrasar ainda mais a investigação.

- Acredito que dentro de mais trinta dias, terei uma conclusão - afirmou o delegado. As informações que ainda faltam chegar serão fundamentais, segundo Silva, para identificar as responsabilidades pelo acidente.

Acredita-se que uma sucessão de erros tenha provocado a colisão entre o 737-800 e o Legacy. Ele acredita que deverá tomar novos depoimentos do piloto e do co-piloto do jatinho, Joseph Lepore e Jan Paladino respectivamente.

A Aeronáutica mantém as buscas pelo último corpo ainda não resgatado. Dos 154 mortos, apenas o bancário Marcelo Paixão Lopes ainda não foi encontrado.

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