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O DEM entrou nesta segunda-feira (3) junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma representação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) com acusação de que houve propaganda antecipada em evento realizado pela central para comemorar o Dia do Trabalho, em 1º de maio. Segundo a assessoria do DEM, estão em estudo ações sobre outros eventos realizados no dia e sobre o pronunciamento de Lula em cadeia de rádio e televisão também sobre o mesmo tema.

Na representação protocolada nesta manhã, o partido destaca a "reincidência" de Lula, que já foi multado outras vezes pelo TSE. "Não é de hoje que o primeiro representado (Lula) vem realizando propaganda eleitoral antecipada em prol da pré-candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT), numa conduta que golpeia frontalmente o princípio isonômico, o qual possui como uma de suas expressões a paridade de armas dos concorrentes a cargos públicos eletivos".

O DEM anexou à representação a íntegra do discurso de Lula na CUT e se apega inicialmente a uma frase na qual o presidente diz que é preciso haver "sequenciamento" de seu governo.

O partido afirma que a propaganda foi feita de forma subliminar. O DEM destaca trechos em que Lula diz não poder falar em candidato até julho e a platéia começa a cantar o nome de Dilma.

A representação usa também trechos do discurso de Dilma no evento. O DEM questiona frases ditas por ela como "hoje é um dia de luta e de se olhar para o futuro". O partido destaca ainda que Dilma "não tem identidade e nem relação histórica" com a CUT. Com base nisso, o partido conclui que o evento "não passou de mais um comício em prol da pré-candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) para o próximo pleito presidencial".

É questionada também a possibilidade de a CUT realizar um evento de caráter "partidário", uma vez que recebe recursos de contribuição sindical obrigatória, que é administrada pelo poder público. O DEM assinala ainda que empresas estatais patrocinaram o evento.

O partido pede que Lula, Dilma e a CUT sejam condenados a multa equivalente ao custo total da "propaganda" realizada. Pede ainda remessa dos autos ao Ministério Público para que se investigue a utilização de recursos da central na organização do evento.

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