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“Não faço parte nem compactuo com qualquer esquema ilícito", escreveu Demóstenes no Twitter | Waldemir Barreto/Ag. Senado
“Não faço parte nem compactuo com qualquer esquema ilícito", escreveu Demóstenes no Twitter| Foto: Waldemir Barreto/Ag. Senado

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) negou em sua conta no Twitter as denúncias de negócios ilícitos com Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar a exploração ilegal de jogos em Goiás. Gravações da Polícia Federal mostram que o líder do DEM no Senado pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar a exploração ilegal de jogos em Goiás.

"Não faço parte nem compactuo com qualquer esquema ilícito, não integro organização ilegal nem componho algo do gênero", escreveu. "Desminto essas inverdades em respeito à minha família, aos meus amigos, às minhas colegas e meus colegas senadores, a Goiás e ao Brasil".

E completa: "O sofrimento provocado pelos seguidos ataques à minha honra é difícil de suportar, mas me amparo em Deus e na certeza de minha inocência". "A tudo suporto porque nada fiz para envergonhar meu partido, o Senado, Goiás e o Brasil. Essa é a verdade que, ao final, prevalecerá".

O relatório da PF, produzido três anos antes da deflagração da Operação Monte Carlo em que Cachoeira foi preso, escancara os vínculos entre Demóstenes e o bicheiro. Numa das gravações, feitas com autorização judicial, Demóstenes pede para Cachoeira "pagar uma despesa dele com táxi-aéreo no valor de R$ 3 mil". Em outro trecho do relatório, elaborado com base nas gravações, os investigadores informam que o senador fez "confidências" a Cachoeira sobre reuniões reservadas que teve no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Parlamentar influente, Demóstenes costuma participar de importantes discussões, sobretudo aquelas relacionadas a assuntos de segurança pública.

O relatório revela ainda que desde 2009 Demóstenes usava um rádio Nextel (tipo de telefone) "habilitado nos Estados Unidos" para manter conversas secretas com Cachoeira. Segundo a polícia, os contatos entre os dois eram "frequentes". A informação reapareceu nas investigações da Monte Carlo. Para autoridades que acompanham o caso de perto, esse é mais um indicativo de que as relações do senador com Cachoeira foram mantidas, mesmo depois da primeira investigação criminal sobre o assunto. O documento expõe também a proximidade entre Cachoeira e os deputados Leréia e Sandes Júnior.

Na sexta-feira, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), afirmou que a situação do seu partido com as denúncias é "incômoda".

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