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Afonso Pena fecha por três horas e metade dos vôos sofre problemas

O mau tempo fez o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, fechar para pousos e decolagens durante três horas na noite de segunda-feira (23). Segundo a Infraero, o terminal aéreo ficou fechado das 21h30 às 0h35. A partir deste horário, até as 2h55 o Afonso Pena operou por meio do sistema ILS categoria 1. O funcionamento foi por instrumentos das 2h55 até as 9 horas

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O forte nevoeiro sobre São Paulo atrasou o início de pousos em Congonhas por quase três horas. Entre 6h e 8h50m, todos os pousos foram suspensos. As aterrissagens foram alternadas para Guarulhos ou Viracopos. Um dia depois do colapso do aeroporto, as companhias mantêm a decisão de cancelar vôos. Até 9 horas, das 57 partidas programadas, 30 foram canceladas e duas saíram com atraso superior a uma hora.

A TAM anunciou o cancelamento de 68 vôos nesta terça (24) e o remanejamento de outros 22. Dos vôos cancelados, 8 passariam pelo Paraná. Dois vôos que sairiam de Curitiba para Congonhas foram remanejados para Guarulhos.

Outros aeroportos do país também enfrentam problemas com atrasos de vôos. Em Guarulhos, o movimenro é grande e a espera é de cerca de duas horas no check-in da TAM, por causa da transferência de vôos.

A TAM cancelou 33 pousos e 30 decolagens que deveriam ocorrer no aeroporto entre 6h e 11h30. A companhia informou na segunda que, em virtude da previsão de chuva para esta terça, cancelou 68 vôos operados em Congonhas e remanejou outros 22 para o Aeroporto de Guarulhos. A TAM orienta os passageiros para que não se dirijam ao aeroporto antes de confirmar o seu vôo, já que outros cancelamentos e alterações podem ser anunciados ao longo do dia.

A pista principal do aeroporto continua fechada. No início da noite de ontem, houve um desmoronamento de terra na cabeceira da pista, que hoje será periciada. Terra e lama deslizaram sobre um muro de contenção no acesso da Washington Luis para a Avenida dos Bandeirantes, interditando parte da pista. Os bombeiros usaram uma lona para fazer a contenção da encosta.

Passageiros que tiveram seus bilhetes remarcados para esta terça aguardam no saguão do aeroporto, com promessas de novas remarcações. A confusão voltou a prejudicar passageiros, mesmo com casos de emergência. Nobelino Pereira Silva, passageiro da TAM que foi submetido a uma cirurgia de coração em São Paulo nesta segunda e pretendia se internar novamente em um hospital de Rondônia, continuava à espera de atendimento da TAM no saguão, às 7h de hoje.

- Fomos levados para um hotel ontem à noite, mas agora nos deixaram no aeroporto novamente e o vôo foi cancelado de novo. Os funcionários nos informaram que um novo vôo me levará às 2 da tarde (14h), mas não poderão pagar nosso almoço. Não sei como fazer, pois não temos dinheiro para comer, nem conhecemos São Paulo. A outra opção que nos deram foi remarcar o vôo por Guarulhos, mas não dão o transporte e não temos R$ 120,00 para chegar lá. O que nós vamos fazer? - perguntava Nobelino à reportagem, às 7h desta terça.

Nesta segunda, Congonhas entrou em colapso. As companhias fecharam o check-in no aeroporto, remarcaram passagens e cancelaram a maioria dos vôos que tinham programado.

Durante todo o dia, os passageiros se irritaram, choraram e desanimaram nos balcões das companhias e no saguão do aeroporto. Mesmo antes do fechamento da pista, TAM, Gol e Varig suspenderam pousos de aviões grandes em Congonhas.

A publicitária Angela Luchesi e seu filho de três anos pegaram um vôo às 16h30m deste domingo de Porto Alegre para Curitiba. O vôo, no entanto, foi desviado para Viracopos, em Campinas.

- Aguardei duas horas depois de chegar em Viracopos e a TAM não deu satisfações. Depois, me trouxeram para Congonhas, dizendo que eu embarcaria à noite e acabei sendo levada para um hotel - disse Angela.

Crianças jogam bola durante espera em Congonhas - Foto de Sérgio Barzaghi, Diário de S.Paulo Angela contou que a TAM disse que iria mandar um ônibus pegá-los no hotel e levá-los até Congonhas. O veículo, no entanto, atrasou. Quando Angela e seu filho chegaram ao aeroporto o vôo para Curitiba já tinha saído. Ela passou a manhã no balcão da TAM atrás de informações.

- É um absurdo o que fazem com a gente. Tem vários passageiros com criança pequena e a companhia não dá explicação - disse ela, com os olhos cheios de lágrimas.

A Polícia Federal chegou a intervir na sala de embarque de Congonhas para impedir que passageiros agredissem funcionários da TAM

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