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Polêmica

Depois de briga no plenário, CPI dos Pedágios deve ser instalada

Deputados garantem já ter 15 das 18 assinaturas necessárias para iniciar trabalhos da comissão. Alvos de acusações de Cleiton Kielse, Rossoni e Leprevost anunciaram apoio

Nelson Luersen  e Cleiton Kielse começaram a coletar assinaturas para a CPI do Pedágio | Nani Gois/Alep
Nelson Luersen e Cleiton Kielse começaram a coletar assinaturas para a CPI do Pedágio (Foto: Nani Gois/Alep)
Reni Pereira, deputado |

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Reni Pereira, deputado

Depois de virar motivo de bate-boca entre os deputados, a Assembleia Legislativa do Paraná deve instalar na próxima semana uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação dos pedágios no Paraná. Na sessão de ontem, os deputados Cleiton Kielse (PEN) e Nelson Luersen (PDT) deram início à coleta de assinaturas para criação da CPI. Eles garantem já ter 15 das 18 adesões necessárias para iniciar a investigação. A expectativa é de que o requerimento possa ser protocolado na sessão de segunda-feira.

O assunto voltou à pauta na última segunda-feira, quando Kielse fez um discurso acusando parlamentares de barrarem a criação de uma CPI do Pedágio em 2011. De acordo com ele, a Mesa Diretora da Assembleia teria sido "conivente" com as concessionárias de pedágio. Além disso, ele acusou o deputado Ney Leprevost (PSD) de ter recebido contribuição de pessoas ligadas à empresa CR Almeida, sócia da concessionária Ecovia, para a campanha eleitoral de 2010. A discussão resultou em bate-boca e troca de ofensas entre Kielse e Leprevost.

Segundo Kielse, que propôs a investigação no ano passado, a CPI deverá ter como foco principal os contratos das concessionárias com o governo do estado. "Vamos exigir que sejam incluídas as obras que foram retiradas dos contratos e resultaram em um prejuízo de bilhões", afirmou. O parlamentar acusa as empresas de sonegação fiscal, superfaturamento de obras e descumprimento dos contratos.

Em nota divulgada no início da semana, a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) disse que as declarações foram "equivocadas, não sendo a expressão da verdade". A concessionária Ecovia divulgou nota ontem também rebatendo as acusações do deputado. No texto, as declarações do parlamentar são classificadas como "inverídicas e difamatórias".

Assinaturas

Alvo das acusações de Kielse, o presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), pediu para assinar como um dos proponentes da comissão. "Sou favorável a toda CPI, que sempre traz algum esclarecimento", justificou. Quem também assegurou apoio à CPI foi Leprevost.

O principal obstáculo para consolidação da CPI será a base governista, que pode resistir à investigação. O líder do governo, deputado Ademar Traiano (PSDB), se disse contrário à comissão e anunciou que vai tentar convencer a base a ser contra. "Esse é um tema esgotado. Já tivemos duas CPIs que não trouxeram nenhum resultado. E com a equipe que dispõe a Assembleia, é humanamente impossível analisar os contratos", sustentou.

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