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Nelson Luersen  e Cleiton Kielse começaram a coletar assinaturas para a CPI do Pedágio | Nani Gois/Alep
Nelson Luersen e Cleiton Kielse começaram a coletar assinaturas para a CPI do Pedágio| Foto: Nani Gois/Alep

Ibope em questão

Assembleia Legislativa vai investigar institutos de pesquisas eleitorais

Antes da CPI do Pedágio, uma outra investigação será iniciada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Com o apoio de 23 parlamentares, o deputado Reni Pereira (PSB, foto) protocolou ontem requerimento para criação de uma CPI que vai apurar a situação e possíveis fraudes nos resultados das pesquisas eleitorais realizadas pelo Ibope. A comissão, a ser formada na próxima semana, deverá ser composta por sete integrantes e terá prazo de 180 dias para realizar seus trabalhos.

Segundo Reni, a iniciativa se deve à divergência entre as pesquisas e o resultado das últimas eleições municipais no Paraná. O próprio deputado foi eleito prefeito de Foz do Iguaçu após uma sondagem na véspera indicar sua derrota por dez pontos de diferença. "O que o Ibope cometeu em algumas cidades foi um crime eleitoral. Não podemos aceitar e permitir que isso se repita", disse o deputado.

Conselho adia discussão sobre declarações de deputado

Vai ficar para depois do segundo turno a discussão do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa sobre a postura do deputado Cleiton Kielse (PEN), que acusou parlamentares de serem corrompidos por concessionárias de pedágio. Uma reunião chegou a ser agendada para ontem, mas foi cancelada por falta de quórum. Compareceram apenas o presidente Edson Praczyck (PRB) e o deputado Anibelli Neto (PMDB).

Como um dos integrantes do conselho é o deputado Marcelo Rangel (PPS), que disputa o segundo turno em Ponta Grossa, Praczyck pretende convocar uma nova reunião para depois da disputa. Já a representação de Ney Leprevost, motivada pelas acusações feitas por Kielse na segunda-feira, deverá ser protocolada na próxima semana.

  • Reni Pereira, deputado

Depois de virar motivo de bate-boca entre os deputados, a Assembleia Legislativa do Paraná deve instalar na próxima semana uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação dos pedágios no Paraná. Na sessão de ontem, os deputados Cleiton Kielse (PEN) e Nelson Luersen (PDT) deram início à coleta de assinaturas para criação da CPI. Eles garantem já ter 15 das 18 adesões necessárias para iniciar a investigação. A expectativa é de que o requerimento possa ser protocolado na sessão de segunda-feira.

O assunto voltou à pauta na última segunda-feira, quando Kielse fez um discurso acusando parlamentares de barrarem a criação de uma CPI do Pedágio em 2011. De acordo com ele, a Mesa Diretora da Assembleia teria sido "conivente" com as concessionárias de pedágio. Além disso, ele acusou o deputado Ney Leprevost (PSD) de ter recebido contribuição de pessoas ligadas à empresa CR Almeida, sócia da concessionária Ecovia, para a campanha eleitoral de 2010. A discussão resultou em bate-boca e troca de ofensas entre Kielse e Leprevost.

Segundo Kielse, que propôs a investigação no ano passado, a CPI deverá ter como foco principal os contratos das concessionárias com o governo do estado. "Vamos exigir que sejam incluídas as obras que foram retiradas dos contratos e resultaram em um prejuízo de bilhões", afirmou. O parlamentar acusa as empresas de sonegação fiscal, superfaturamento de obras e descumprimento dos contratos.

Em nota divulgada no início da semana, a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) disse que as declarações foram "equivocadas, não sendo a expressão da verdade". A concessionária Ecovia divulgou nota ontem também rebatendo as acusações do deputado. No texto, as declarações do parlamentar são classificadas como "inverídicas e difamatórias".

Assinaturas

Alvo das acusações de Kielse, o presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), pediu para assinar como um dos proponentes da comissão. "Sou favorável a toda CPI, que sempre traz algum esclarecimento", justificou. Quem também assegurou apoio à CPI foi Leprevost.

O principal obstáculo para consolidação da CPI será a base governista, que pode resistir à investigação. O líder do governo, deputado Ademar Traiano (PSDB), se disse contrário à comissão e anunciou que vai tentar convencer a base a ser contra. "Esse é um tema esgotado. Já tivemos duas CPIs que não trouxeram nenhum resultado. E com a equipe que dispõe a Assembleia, é humanamente impossível analisar os contratos", sustentou.

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