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Apontado como o braço direito do doleiro Carlos Habib Chater, Ediel Viana da Silva foi solto no início da noite desta quinta-feira (23) da sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Ele prestou depoimentos para colaborar com as investigações da operação Lava Jato, que investiga crimes como evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção. Mas ainda não se sabe se será ou não firmado acordo de delação premiada com base nas informações prestadas por Ediel.

A liberdade provisória foi autorizada pelo juiz Sérgio Moro com a condição de que Silva apresente relatórios a cada 30 dias informando suas atividades. Ele também é impedido de manter contato com Chater. A Justiça Federal ainda não divulgou os motivos da decisão de Moro.

Réu em três ações penais, a expectativa era de que Silva apontasse, em seus depoimentos de delação, novos nomes de doleiros e empresas para as investigações da Lava Jato. Ele também iria detalhar como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), movimentou R$ 10 bilhões. Os depoimentos foram prestados em segredo de Justiça.

Nesta sexta (24), Silva participa de audiência de um dos processos que responde na sede da Justiça Federal, em Curitiba. Em seguida ele segue para o Rio de Janeiro, onde reside.

Outros depoimentos

Há suspeita de que outros investigados na Lava Jato estejam prestando depoimentos na tentativa de firmar delação premiada - o que permite a troca de informações por redução da pena. Mas, para a delação ser confirmada, é preciso que a PF e o MPF considerem os relatos válidos e com provas. Por fim, a Justiça ainda decide se homologa o acordo.

O primeiro acordo de delação homologado pela Justiça foi de Luccas Pace Júnior, ligado à doleira Nelma Kodama. A segunda foi a do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O doleiro Alberto Youssef está prestando depoimentos.

Denúncia

Na denúncia do MPF, Silva é apontado como braço-direito e laranja de Chater, descrito como um dos quatro cabeças do esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas desmantelado pela Lava Jato.

Chater está preso na Casa de Custódia de São José dos Pinhais. Foi a partir de investigações das ações de Chater que se iniciou a operação.

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