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O agricultor Iroílton Pereira de Morais, preso no último dia 8 de março, durante a Marcha das Mulheres organizada pela organização sem-terra Via Campesina, teve seu pedido de liberdade provisória deferido nesta terça-feira pelo Juiz da 2ª Vara do Tribunal do Juri da Comarca de Recife (PE). A liberdade foi deferida pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri da comarca de Recife (PE).

Iroílton foi preso depois de uma ação violenta da Polícia Militar de Pernambuco contra militantes da Via Campesina que voltavam de uma ocupação contra os transgênicos feita na sede da Associação de Avicultores de Pernambuco. Durante a ação, que foi reprimida com tiros disparados pela polícia na avenida Caxangá, trabalhadoras e trabalhadores rurais ficaram feridos e três pessoas foram presas. Apenas Iroílton, que foi acusado pelos policiais de ter tentado ferir um deles com um facão, ficou preso.

Apesar de ser réu primário, de ter bons antecedentes e da ação na qual ele foi preso ter ficado conhecida como mais um péssimo exemplo da violência da polícia do estado contra os movimentos sociais, Iroílton ficou preso por quase um mês e ainda vai responder por tentativa de homicídio, a partir de uma acusação feita pelos policiais.

No dia 29 de março, a Terra de Direitos, entidade que acompanha juridicamente o caso, lançou uma carta de apóio que pedia a mobilização de entidades e movimentos sociais pela liberdade de Iroílton. A carta foi encaminhada por várias entidades à 2ª Vara do Tribunal do Júri de Recife, onde corre o processo.

Ainda em relação à violência praticada pela Polícia Militar durante a Marcha das Mulheres organizada pela Via Campesina no dia 8 de março, a Terra de Direitos e outras organizações da sociedade civil vão entrar com uma representação no Ministério Público Estadual para que sejam apurados os excessos cometidos pelos policiais.

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