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A deputada Cida Diogo (PT-RJ) interrompeu a sessão da Câmara nesta quarta-feira (9) para acusar o deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP) de agressão verbal. Chorando muito, a deputada subiu à mesa diretora e informou ao deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que presidia a sessão, que Clodovil havia falado palavras de baixo calão a ela dentro do plenário.

A deputada apresentou um representação contra o deputado. Inocêncio disse que aceitaria. "Não vamos aceitar agressões aqui dentro". Cida Diogo foi retirada do plenário pelos colegas.

Clodovil negou a agressão. "Evidente que não disse isso. Apenas perguntei quantos votos ela teve. E disse que fui eleito com cerca de 500 mil".

Briga antiga

No mês passado, o deputado estilista Clodovil Hernandes (PTC-SP) discutiu com a deputada Cida Diogo (PT-RJ) enquanto tentava explicar na Câmara a declaração polêmica que fez sobre as mulheres. Clodovil afirmou que "as mulheres ficaram muito ordinárias, ficaram vulgares, cheias de silicone" e que hoje em dia "as mulheres trabalham deitadas e descansam em pé".

Cida Diogo questionou Clodovil sobre o comentário. "Em uma entrevista de televisão, se todos falarem ao mesmo tempo, ninguém se entende", respondeu Clodovil.

"Se a senhora precisa do meu apoio, use-o, tanta gente usa", continuou. "Eu tenho o meu próprio apoio", respondeu a deputada. Os dois foram repreendidos pelo vice-presidente da Câmara, Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), por conta da discussão.

Cida Diogo ganhou tempo na Câmara para responder ao deputado. Citou o trecho da entrevista em que o deputado critica as mulheres e falou que a bancada feminina -composta por 45 deputadas- luta pelos direitos das mulheres na Casa e disse que se sentiu ofendida pela declaração.

"Não podemos concordar com esse tipo de coisa. Não podemos concordar que uma pessoa que representa esse parlamento se refira às mulheres desse jeito."

A declaração de Clodovil sobre as mulheres foi feita minutos antes de se encontrar, no Palácio do Planalto, com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para entrevista de seu programa de TV. Ele esclareceu, no entanto, que as críticas não se dirigiam à Dilma.

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