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Franscischini (PSDB-PR): e-mails teriam sido violados por grupo ligado a Carlinhos Cachoeira | Fábio Dias/Gazeta Maringá
Franscischini (PSDB-PR): e-mails teriam sido violados por grupo ligado a Carlinhos Cachoeira| Foto: Fábio Dias/Gazeta Maringá

Outro lado

Porta-voz do governo classifica de descabida a acusação

O porta-voz do governo do Distrito Federal, Ugo Braga, afirmou que a acusação do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) de que o governador do DF teria tido acesso a dados sigilosos "é descabida em si própria".

Braga ainda disse que o deputado Francischini é "uma alma em busca de notoriedade no Congresso e o faz com fanfarronice". Ele destacou, entretanto, que como o deputado goza de imunidade parlamentar, a abertura de um processo de calúnia contra ele seria inócua. "Esta história é tão ridícula que vai se perder sozinha."

O deputado federal Fer­­nando Francischini (PSDB-PR) acusa o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), de acessar informações sigilosas a seu respeito no sistema do governo. Na semana passada, foi noticiado que e-mails do deputado paranaense teriam sido monitorados por integrantes do grupo do empresário dos jogos de azar Carlos Cachoeira. De acordo com o parlamentar, investigações da Polícia Federal apontariam indícios de que o bicheiro contratou uma pessoa para monitorar sua correspondência eletrônica.

Francischini não deu detalhes sobre como Agnelo teria participado da suposta violação de dados sigilosos, mas prometeu apresentar provas hoje no Congresso. "Só posso adiantar que ele (Agnelo) deixou as digitais na busca de dados a meu respeito em sistemas de pesquisas do governo que teriam de ser sigilosos", disse Francischini.

Em dezembro do ano passado, Francischini já havia protocolado pessoalmente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido de prisão preventiva do governador do Distrito Federal e de Ailton Carvalho de Queiroz, irmão de Agnelo.

No requerimento, o deputado listava uma série de denúncias como o suposto enriquecimento ilícito dos irmãos Queiroz, além de supostas ameaças a jornalistas e tentativas de suborno. Na mesma representação criminal, Francischini pediu a quebra do sigilo bancário, fiscal e bloqueio dos bens da família do governador do DF. O deputado paranaense é delegado licenciado da Polícia Federal.

CPI

Francischini enviou ontem um ofício ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pedindo preferência para ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Caça-Níqueis, que vai investigar as relações de Cachoeira com o meio político brasileiro. A abertura da CPI deve ocorrer amanhã. O deputado disputa a relatoria com o colega paulista Carlos Sampaio (PSDB). A comissão foi requerida pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB) a partir de investigações da Polícia Federal que revelaram ligações entre o bicheiro e parlamentares de cinco partidos: PT, PSDB, PP, PTB e PPS, além do senador Demóstenes Torres que deixou o DEM na semana passada.

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